Depois do crime que chocou o país, com o caso da menina indígena de 11 anos estuprada e jogada de penhasco, ministros vêm a Dourados no dia 26 deste mês
Com intuito de criar um plano de ação no combate a violência nas aldeias de Dourados, ministros e autoridades farão uma visita no dia 26 de agosto na Reserva Indígena, há mais de um século esquecida pelo setor público. A visita ‘consciente’, vem depois do crime que chocou o país com o caso da morte da menina de apenas 11 anos que foi estuprada e jogada de um penhasco.
A presença dos ministros e autoridades foi um pedido da deputada federal Rose Modesto (PSDB), que acionou a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados. Na ocasião estarão presentes o ministros da Justiça, Anderson Torres e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, além da presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Renata Gil e outras autoridades.
Os dados mais recentes, de 2019, do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), mostram que foram registrados 10 casos de violência sexual praticadas contra indígenas, só no Mato Grosso do Sul, há mais de 4 registros desse mesmo tipo de violência em 2020.
No ofício enviado à coordenadora Geral da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, Celina Leão, a deputada solicita “políticas direcionadas e específicas para a proteção desses povos” e salienta que, além de faltar assistência às comunidades, a fiscalização é precária.
O texto enviado para a coordenadora também cobra a notificação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), responsável pela proteção e assistência aos índios, e demais órgãos responsáveis, a fim de que esses possam apresentar à sociedade ações de combate a todos os tipos de violência sofrida pelos povos indígenas.