A Defesa Civil de Dourados atuou nesta segunda-feira (8) para conter o alagamento no terreno em cinco imóveis localizados na Rua Projetada 12, na Sitioca Campina Verde. As moradias, edificadas em terrenos mais baixos que a rua, foram surpreendidas pela enxurrada que se formou após forte chuva que atingiu aquela região da cidade, gerando transtornos aos moradores.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Johnes Santana, a chuva registrada às 15h somou 16,7 milímetros em curto intervalo de tempo, o que favoreceu o surgimento de enxurradas. A água desceu pela via e atingiu diretamente as cinco residências consideradas mais vulneráveis, que estão posicionadas em desnível.
Após vistoria, Santana constatou que o alagamento não está relacionado a intervenções municipais realizadas na região, mas sim à forma como os imóveis foram construídos. “Sempre que houver grande volume de chuva em curto espaço de tempo, o problema tende a se repetir”, alertou. “A origem está no erro de projeto e na ausência de aterramento adequado, quando os moradores adquiriram o terreno e ergueram as casas abaixo da rua”, explicou.
A equipe da Defesa Civil prestou atendimento imediato, abriu pequenas valetas com apoio de maquinário e orientou os moradores sobre medidas paliativas para desviar a enxurrada. Entretanto, o órgão reforça que a vulnerabilidade permanece e poderá gerar novos episódios de alagamento enquanto não houver correção estrutural no nível dos terrenos.
Santana reiterou que o episódio é pontual e não tem ligação com a obra de cascalhamento executada pela prefeitura em toda a Sitioca. O serviço vem sendo realizado desde novembro, sendo suspenso sempre que as chuvas tornam a pista impraticável.
Cascalhamento
A intervenção da Secretaria Municipal de Obras na Campina Verde teve início em 5 de novembro e representa a primeira cobertura completa de cascalhamento desde a origem da Sitioca, há quase 30 anos. O trabalho começou pela Rua Nelson Vicente de Almeida, principal ligação da localidade com a BR-463, e já alcança grande parte das vias principais.
Até o momento, cerca de 15% da área já recebeu cascalho, e a próxima etapa prevê atuação nas travessas. Parte da região tem recursos assegurados para futura pavimentação asfáltica. Enquanto o asfalto não chega, o objetivo é garantir trânsito seguro e minimizar pontos críticos durante o período chuvoso.
Para aumentar a durabilidade do serviço, a prefeitura executou levantamento topográfico detalhado, planejando o escoamento adequado da água da chuva e reduzindo riscos de erosões. Atualmente, boa parte das ruas da Campina Verde são quase intransitáveis devido a presença de valetas provocadas por enxurradas, problema que será minimizado com o atual trabalho em execução.
Com aproximadamente 60 mil metros quadrados de vias, as equipes trabalham de forma escalonada, sendo que, primeiro fazem nivelamento, depois compactam o solo e só então aplicam o material, garantindo maior eficiência e evitando retrabalho.