O trabalho da Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) é destaque em pesquisa nacional sobre os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). O município foi o único selecionado para representar a região Centro-Oeste em um trabalho de campo que está sendo realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) juntamente a outros quatro municípios do país – São Paulo (SP, Curitiba (PR), Manaus (AM) e Gravatá (PE).
A secretária de Assistência Social, Shirley Flores Zarpelon, acompanha a consultora do ministério, Raquel Uchôa, que está em Dourados e visita órgãos ligados à Semas, nestes dias 15 e 16 de abril. As especificidades da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, que possui miscigenação cultural ampla, foram destacadas por Zarpelon, como fator que faz com que os serviços ganhem notoriedade e, ela destacou ainda a satisfação em fazer parte desta proposta, sempre com o foco em agregar em qualificação para a Semas.
Shirley Zarpelon celebra o reconhecimento ao trabalho que está sendo realizado. “Foi excepcional quando nós ficamos sabendo que Dourados foi selecionada entre cinco municípios do Brasil, então para nós, para o nosso SCFV que é o nosso carro-chefe nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), que temos um amplo atendimento para imigrantes, também com a população indígena que possibilita para que as pessoas saiam da vulnerabilidade social é uma oportunidade grandiosíssima que vem para agregar ao nosso trabalho e levar o nome da nossa cidade para o Brasil a fora”, apontou.
Entre as visitas realizadas pela Consultora do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Raquel Uchôa, o Cras do Parque do Lago II foi contemplado na manhã desta quarta-feira (16). Juntamente com equipe da Proteção Social Básica e da Semas, ela falou sobre o reconhecimento do MDS para o trabalho da região e deste como referência para o país. “Dourados representa a região Centro-Oeste do Brasil neste estudo e isso é um reconhecimento do trabalho, das especificidades que se encontram nesse território”, ressaltou Raquel Uchôa. “O município recebeu muitos imigrantes nos últimos anos, concentra ainda os povos indígenas, então uma série de questões que faz com que a abordagem dada aqui, se adote metodologias e que essas sejam apresentadas para outras cidades do Brasil”, completou.
Conforme explica Uchôa, após as visitas, um relatório é elaborado e o trabalho para aperfeiçoamento dos serviços continua. Ela destaca ainda a “conexão” que a ação vai proporcionar ao município com outras cidades do país. “Quando a gente vai a campo, a gente estabelece um vínculo com a gestão e a partir daí, seguimos o diálogo que é quando a gente vai pensar nos parâmetros para o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas)”, ressaltou. “A ideia é que Dourados dialogue com São Paulo, com Curitiba, Manaus, com Gravatá e que esse intercâmbio ao final do processo fortaleça ainda mais os serviços oferecidos”, apontou.
VÍNCULOS
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é um serviço da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Em Dourados, acontece em todos os Cras (Cachoeirinha, Vila Vargas, Canaã I, Parque do Lago II, Guaicurus, Indígena, Jóquei Clube), CCI Andre’s Chamorro e Maria Martiniano de Brito, além de quatro OSCs (Ação Familiar Cristã, Casa Criança Feliz, Instituto Fuzy e Centro de Integração do Adolescente Dom Alberto – CEIA).
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos visa fortalecer laços familiares e comunitários de acordo com a faixa etária dos usuários e tem como objetivo prevenir e proteger as pessoas que vivenciam vulnerabilidades e riscos relacionais e sociais, a partir do desenvolvimento de habilidades pessoais e relacionais, por meio da convivência em grupo; propiciar oportunidades para escuta, valorização e reconhecimento do outro, produção coletiva, exercício de escolhas, tomada de decisões sobre a própria vida e do grupo; possibilitar diálogo para a resolução de conflitos e divergências, reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas, experiência de escolhas e situações vividas e admiração das diferenças.