Reunidos em assembleia no Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) na tarde desta quarta-feira (3), educadores da Rede Municipal de Ensino de Dourados rejeitaram proposta salarial do prefeito Alan Guedes (PP).
Os profissionais da educação cobram da prefeitura o pagamento retroativo dos 14,95% de reajuste salarial definido pelo Ministério da Educação ainda em janeiro deste ano, respaldado pelo Piso Nacional do Magistério, através da Lei federal 11.738/2008, que é de cumprimento obrigatório por todos os entes federados.
Segundo o sindicato, a proposta do prefeito, de recomposição inflacionária linear de 6% para quase 100% dos educadores, é “o maior retrocesso da história da educação municipal de Dourados e pode marcar o fim da carreira de professor na Rede Municipal de Ensino”.
Conforme o sindicato, a gestão de Alan Guedes, “numa tentativa de se esquivar de suas responsabilidades enquanto gestor e de não assumir compromisso com uma educação de qualidade”, pretende pagar 14,95% apenas para as letras L-1 e o N-1 (Leigo e Normalista) do Plano de Cargos e Carreiras da Educação Municipal.
“No município de Dourados, as letras L-1 e N-1 estão quase extintas com poucas dezenas desses profissionais ainda na ativa. Na Reme, quase 100% dos milhares de professores e professoras são graduados com licenciatura e, assim, todas as letras da carreira do magistério possuem direito ao reajuste linear de 14,95% definido pelo MEC”, cobra o Simted.
Para os educadores, no momento em que a categoria espera proposta real da prefeitura, de construção do piso para 20 horas, o prefeito age no sentido de acabar com a carreira de professor na educação municipal, “destruindo a valorização salarial conquistada na Lei 118/2007 que instituiu o PCCR da Educação de Dourados”.
O Simted ainda solicita reposição salarial de 14,95% para o administrativo municipal, além de um adicional de valorização profissional e a retomada do Prófuncionário.
Mobilização
A categoria cobra da Câmara de Dourados que não aprove a proposta de reajuste salarial da prefeitura sem que o prefeito garanta pelo menos a recomposição inflacionária definida pelo MEC de 14,95% concedida a todos os profissionais do magistério municipal, independente da letra na tabela do PCCR da Educação.
Na segunda-feira, 8 de maio, os trabalhadores e trabalhadoras em educação da Rede Municipal de Ensino vão na sessão da Câmara para solicitar apoio dos vereadores para que intercedam na negociação salarial com o município e evitem o que chamam de “retrocesso na educação”.