A prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar, está realizando o preparo do solo em áreas das aldeias Jaguapiru e Bororó para dar continuidade a um projeto agrícola voltado a mulheres indígenas empreendedoras. A iniciativa está sendo desenvolvida pela Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas do Município e tem como foco o cultivo de culturas como milho, mandioca, batata, abobrinha, legumes e tubérculos em geral.
A atenção especial com a comunidade indígena atende determinação do prefeito Marçal Filho. “Estamos recuperando as estradas das aldeias Jaguapiru e Bororó, abrindo e cascalhando novas vias e, também, estamos no estágio avançado para instalação do Samu Indígena, unidade que será instalada no Hospital da Missão Caiuá para atender exclusivamente a população indígena”, ressalta o prefeito.
O trabalho de gradagem das terras, processo que revolta e nivela o solo para o plantio, teve início na semana passada na aldeia Bororó e deve ser concluído ainda esta semana. Em seguida, as máquinas serão deslocadas para áreas previamente agendadas na aldeia Jaguapiru. A expectativa é que o plantio comece com milho, seguido por outras culturas adaptadas ao período.
Toda a ação é fruto de uma articulação entre a Coordenadoria de Assuntos Indígenas, a Secretaria de Agricultura Familiar, o Governo do Estado e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A Funai é responsável pelo fornecimento do combustível para os maquinários, enquanto a Secretaria de Agricultura oferece os equipamentos e executa o preparo do solo. Já o Governo do Estado contribui com a destinação de sementes e ramas para o cultivo.
A coordenadora Sandra Rossati Medina, que lidera a Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas da Prefeitura e reside na Reserva Indígena, destacou que a ação atende a um pedido feito diretamente por um grupo de mulheres indígenas. “São mulheres empreendedoras, que cultivam seus alimentos e vendem os produtos tanto na própria Reserva quanto em Dourados”, enfatizou. Elas nos procuraram em busca de apoio para preparar a terra e expandir sua produção”, afirmou.
Segundo Sandra, o projeto representa um avanço importante para o fortalecimento da segurança alimentar, da autonomia financeira e da valorização do protagonismo feminino nas comunidades indígenas. “Elas são exemplo de força e determinação, e essa iniciativa vai permitir que ampliem ainda mais sua atuação no campo e no comércio local”, concluiu.