Apoio não repercutiu bem sobretudo entre douradenses que se deparam com falta de materiais básicos em unidades de saúde
A Prefeitura de Dourados formalizou termo de fomento que prevê o repasse R$ 947.600,00 para o Dourados Atlético Clube – DAC participar da do Campeonato Estadual de Futebol de 2023. Esse apoio, contudo, não repercutiu bem sobretudo entre douradenses que se deparam com falta de materiais básicos em unidades de saúde.
Fundado em 2020, o time conquistou a Série B daquele mesmo ano, foi vice-campeão da Série A em 2021 na edição atual é o segundo colocado do Grupo B, com 3 pontos após estrear com vitória em casa por 1 a 0, contra o Aquidauanense, e perder fora para o Ivinhema por 1 a 0 na segunda rodada. Ele volta a campo domingo (12) no Douradão, onde recebe o Novo FC.
De acordo com o extrato de justificativa de inexigibilidade de chamamento público para realização do termo de fomento, publicado na edição de quarta-feira (8) do Diário Oficial do Município, a Fundação de Esporte de Dourados ficará responsável pelo repasse.
Esse documento foi assinado na terça-feira (7) pelo diretor-presidente da Funed, Luis Arthur Spinola Castilho, e detalha que a inexigibilidade de chamamento público é justificável “tendo em vista a inviabilidade de competição entre as organizações da sociedade civil, sendo que a instituição Dourados Atlético Clube – DAC é o único Clube de Futebol Profissional em atividade no município de Dourados, que se encaixa na previsão feita pelo Art. 31, da Lei Federal n 13.019/2014, logo que não existe outra OSC, conforme consta nos autos”.
A Prefeitura de Dourados já havia recorrido a inexigibilidade de chamamento público para dar R$ 220 mil ao Dourados Atlético Clube – DAC visando a participação da equipe local na Copa Verde – Edição 22, competição de profissional organizada pela CBF, a Confederação Brasileira de Futebol.
Repercussão
A informação sobre esse repasse quase milionário para um time de futebol não repercutiu bem sobretudo entre douradenses que convivem rotineiramente com a falta de materiais básicos nas unidades de saúde do município.
No Programa Marçal Filho da rádio 94FM, foi proposta enquete sobre o tema na manhã desta quinta-feira (9) e as críticas ao prefeito Alan Guedes (PP) predominaram.
“Esses dias encontrei um pai com filho morrendo de febre em casa, desesperado que não tinha dinheiro para comprar uma dipirona e não tinha na farmácia pública”, disse um dos ouvintes.
“Se ele pensa que vai se reeleger montando time de futebol, está muito enganado. Tem que investir dinheiro na saúde", afirmou outra.