Quem vê a movimentação de colheitadeiras nas lavouras que margeiam as rodovias de Mato Grosso do Sul não imagina que, em breve, nada menos que 297 mil caminhões deverão escoar toda a produção de soja que hoje cobre os campos. É a colheita oficial da safra de verão 2021/2022 que começou na semana passada e conta com 2,8% da área colhida que totaliza 3,7 milhões de hectares cultivados neste ano.
Levantamento da Semagro aponta que a maioria da safra de soja será escoada pelas rodovias: 53% deste volume deverá seguir para o porto de Paranaguá, 45% para o Porto de Santos e apenas 2% pela hidrovia.
Esta semana os técnicos do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), coordenado pela Semagro em parceria com a Aprosoja/MS e Famasul (Federação da Agricultura), fecharam um novo relatório sobre as condições das lavouras de soja. O boletim também traz informações climáticas catalogadas pelo CEMTEC/MS.
Os dados não tiveram mudanças muito significativas em termos de perdas e mostram que a previsão de produção total da soja se mantém em 11,4 milhões de toneladas. A média de rendimento estimada que era de 56 sacas por hectare caiu para 50 sacas por hectare. No caso da soja Mato Grosso do Sul possui boas condições em 33% de suas lavouras, 36% em estado regular e 31% ruim.
O boletim aponta que a semana passada também foi marcada pelo início do plantio do milho. Para a 2ª safra de Milho - 2021/2022 a área estimada é de 1,992 milhão de hectares, considerando uma retração de 12,6% em relação a área da 2ª safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,34 milhões de toneladas.
A redução na área de safrinha está relacionada ao clima e ao atraso no plantio da soja por conta da estiagem. Somente na soja, a seca deverá trazer perdas de 1 milhão de toneladas.