Menos de 5% das lavouras foram colhidas até agora e recorde esperado ficou para a próxima safra
A colheita do milho da avança devagar e alcançou 4,1% das lavouras de Mato Grosso do Sul até o fim de semana passada passado, conforme o boletim do Projeto Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio).
O sistema é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar junto com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS).
Com as lavouras já maduras, as geadas que são anunciadas para os próximos dias não devem afetar a produtividade, significativamente reduzida em consequência das más condições climáticas.
A safra de milho deste ano prometia ser recorde, com volume superior a 9 milhões de toneladas, tendo em vista o aumento de 5,7% na área (2,003 milhões de hectares) em relação à safra do ano passado.
No entanto, a estiagem na fase de desenvolvimento das plantas, em seguida as chuvas de granizo e por fim uma forte geada no momento em que as espigas começavam a granar, derrubaram a previsão inicial de produtividade, agora recalculada para 6,2 milhões de toneladas.
O Governo do Estado publicou os decretos números 81 e 82 no Diário Oficial do último dia 14, declarando situação de emergência pelo prazo de 180 dias em Mato Grosso do Sul em decorrência da seca e da geada que atingiram boa parte do Estado. Os decretos respaldam os produtores rurais no pedido do seguro agrícola.
No dia 20 de julho, após articulação da Semagro, o Banco do Brasil decidiu prorrogar por 180 dias após o vencimento final, as operações com pedido de Proagro pendentes de deferimento no âmbito da instituição; e por 120 dias após o vencimento, as operações com apresentação do comunicado de sinistro, cujo aviso também esteja pendente de deferimento.
O boletim do Siga/MS mostra que 56,60% da safra de milho já estão vendidos, porém as lavouras não vão entregar o volume estimado, o que força a renegociação dos contratos.
A quebra na safra se reflete em toda cadeia econômica que usa o milho e seus derivados, como granjas de suínos e aves, que precisam trazer o produto de fora para suprir a falta no mercado interno. No auge da safra do ano passado, a saca de 60 quilos do milho estava cotada em média a R$ 27,00. Nesse ano já ultrapassa R$ 88,00.