Aprosoja-MS elevou a estimativa de produtividade da soja na safra 2022/2023 de 53,44 para 58 sacas por hectare e expectativa de produção supera 13 milhões de toneladas
O agronegócio sul-mato-grossense elevou a estimativa de produtividade da soja na safra 2022/2023 de 53,44 para 58 sacas por hectare, mas vê com preocupação a chuvarada que além de atrasar o processo de colheita pode afetar a qualidade dos grãos.
Essas informações constam no mais recente boletim Casa Rural, elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) na semana última semana de fevereiro a partir de contatos com empresas de assistência técnica, produtores, sindicatos rurais e empresas privadas dos principais municípios produtores.
A publicação divulgada na terça-feira (28) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja) aponta que 960 mil hectares de soja foram colhidos até o dia 24 de fevereiro.
Com 93% das lavouras em boas condições e 7% regulares até o fechamento do enchimento de grãos, houve a revisão da estimativa de produtividade estimada, com alta de 8,53%, chegando a 58 sacas por hectare. A expectativa de produção chega 13,378 milhões de toneladas
Porém, a colheita só avançou por aproximadamente 25% dos 3,842 milhões de hectares cultivados enquanto o agronegócio esperava ao menos 47,1%. A razão são as chuvas recorrentes registradas entre os meses de janeiro e fevereiro, cenário considerado semelhante ao da safra 2020/2021, que estendeu a operação até dia 14 de abril.
Nesse cenário, o Siga-MS pondera que “o excesso de chuva e temperatura alta no estádio final da cultura (R8) pode afetar diretamente a qualidade dos grãos, contribuindo para formação de grãos avariados e germinados”. “Os principais agentes causadores desses grãos avariados são a umidade, temperatura e a ação de microrganismos que desencadeia o processo fermentativo no cotilédone da soja”, finaliza.