Participação do óleo do pré-sal na carga processada atingiu recorde de 73%.
A Petrobras encerrou o 3º trimestre de 2024 (3T24) com uma produção total própria de 2.689 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), volume praticamente em linha com o trimestre anterior. Entre os destaques operacionais do período, estão o alcance do topo de produção do FPSO Sepetiba, no campo de Mero, com a entrada em operação de 3 novos poços produtores, e a entrada de novos poços em projetos nos campos de Búzios e Tupi. As informações constam no Relatório de Produção e Vendas do 3T24 da Petrobras, divulgado nesta segunda-feira (28/10).
A participação do óleo do pré-sal na carga de petróleo processada nas refinarias atingiu 73%, patamar recorde para um trimestre (aumento de 4 p.p. em relação ao 2T24), demonstrando maior flexibilidade logística e operacional na decisão do uso dessas correntes de forma mais eficiente. Além disso, em agosto a carga processada de óleos do pré-sal foi de 76%, novo recorde mensal. O aumento da participação do pré-sal na carga favorece a produção de derivados de maior valor agregado e a diminuição de emissões de gases do efeito estufa.
A produção e as vendas de derivados no mercado interno cresceram 4,2% no 3º trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, impulsionadas pelo aumento sazonal da demanda. Em setembro de 2024, a Petrobras teve melhor resultado mensal no ano para o fator de utilização total (FUT) do parque de refino, atingindo 97%.
Esse resultado reflete o alto nível de eficiência operacional do parque de refino e a forte integração com as áreas de logística e comercialização da empresa. A produção total de derivados 1.818 mil barris por dia (Mbpd), priorizando produtos de alto valor agregado (diesel, gasolina e QAV corresponderam a 68% da produção total), mesmo com as paradas de manutenção realizadas na Replan, Reduc, Revap e RPBC durante o trimestre.
A companhia está seguindo sua trajetória de maior eficiência energética no parque de refino com o Programa RefTOP (Refino de Classe Mundial). Os projetos e iniciativas de otimização desse programa contribuíram para atingirmos 101,0 em Intensidade Energética no trimestre, o melhor resultado histórico, 2,1 pontos abaixo do 2T24.
Os resultados alcançados são fruto dos investimentos em projetos de modernização das unidades de refino, da confiabilidade dos ativos, da otimização de processos e da aplicação de tecnologias inovadoras.
A produção de gasolina no 3T24 foi de 438 mil barris por dia, o que representa um recorde trimestral. No 3T24, a Petrobras obteve 3 meses consecutivos de avanços nas vendas de diesel com conteúdo renovável (Diesel R), atingindo 3,7 Mbpd em setembro, o dobro do recorde anterior ocorrido em abril de 2024.
Adicionalmente, com foco em competitividade e na descarbonização, estabelecemos, com Vale, um acordo para testes e estudos de fornecimento de produtos em baixo carbono, incluindo o uso do Diesel R em veículos da mineradora, marcando a primeira venda direta desse tipo de diesel pela Petrobras.
As vendas de asfalto totalizaram 816,7 mil toneladas no 3T24, o melhor resultado trimestral desde 2014. A Petrobras vendeu 6,0% a mais de diesel no período devido ao aumento sazonal do consumo no terceiro trimestre, com o plantio da Safra de Grãos de Verão e o aumento da atividade industrial.
As vendas de gasolina no 3T24 registraram crescimento de 1,0% em relação ao 2T24 devido, principalmente, ao aumento de competitividade da gasolina em relação ao etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex. A elevação de 3,8% nas vendas de QAV no 3T24 contra o trimestre anterior deve-se ao aumento sazonal da demanda do setor, em função período de férias e maior atividade econômica. O volume de vendas de GLP subiu 3,2% decorrente da maior atividade da indústria de transformação no terceiro trimestre e dos registros de temperatura médias mais baixas nos principais centros consumidores do país nesse período.
Outros destaques operacionais
Os resultados operacionais se somam a relevantes marcos divulgados recentemente pela Petrobras, O FPSO Maria Quitéria entrou em operação em 15 de outubro. A plataforma, instalada no campo de Jubarte, no pré-sal da Bacia de Campos, está equipada com tecnologias para redução de emissões, incluindo o ciclo combinado na geração de energia, que permite maior eficiência operacional associada à redução em cerca de 24% de emissões operacionais de gases de efeito estufa. Sua capacidade de produção é de 100 mil barris por dia de óleo e 5 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d) de gás natural.
O FPSO Marechal Duque de Caxias está na locação, em fase final de preparação para entrada em operação. Com capacidade de produzir até 180 Mbpd de óleo e 12 MMm³/d de gás natural, este FPSO será o terceiro sistema definitivo de produção do campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. O Duque de Caxias será pioneiro, a partir de 2028, na utilização da tecnologia HISEP®, patenteada pela Petrobras. Essa tecnologia permitirá a separação de óleo e gás no fundo do oceano, e, em conjunto com outras tecnologias como o CCUS ( Carbon Capture, Utilization and Storage ), viabilizará a redução de emissões de CO2.
Outro marco importante é a chegada ao Brasil do FPSO Almirante Tamandaré, vindo da China. A plataforma será a primeira unidade de alta capacidade a ser instalada no campo de Búzios, com potencial para produzir até 225 Mbpd e de processar 12 MMm³/d de gás natural.
Por fim, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Rota 3, localizada no Complexo de Energias Boaventura (Itaboraí - RJ), iniciou o procedimento de partida do seu primeiro módulo em setembro. A unidade encontra-se gaseificada e o primeiro gás comercial está previsto para ocorrer nos próximos dias. Com a partida do segundo módulo, planejada para ocorrer ainda esse ano, a capacidade total de processamento será de 21 MM m³/d.