Quem faz as contas já reparou: os preços nos supermercados estão cada vez mais altos. Em abril, a prévia da inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA-15, acumulou alta de 12,03% em 12 meses. Entre os itens que mais subiram no período, a cenoura leva o troféu, com alta de 195%. Tomate e abobrinha completam o pódio, subindo 117,48% e 86,83%, respectivamente.
Se você acha que consegue colocar cada vez menos compras no carrinho do mercado, não é só uma impressão: o valor do dinheiro está "encolhendo" mesmo. Especialmente na hora de comprar alimentos e bebidas.
O Procon- SP e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), selecionaram 13 produtos entre alimentos, como o arroz, feijão; dois itens de limpeza e dois de higiene, para um levantamento desta alta. Em março de 2020, para encher o carrinho com esses itens, o consumidor precisava de R$ 126,28. Já em março deste ano, eram precisos R$ 189,52 – uma alta de 50%. Com a disparada de preços, o brasileiro que vai ao mercado com R$ 200 sai hoje com o carrinho bem mais vazio que há dois anos.
A explicação para a alta para a variações de preços dos produtos da cesta básica aconteceram por motivos diversos. Entram na conta: excesso ou escassez na oferta ou demanda, preços de commodities, variações do câmbio, formação de estoques e desoneração de tributos, além de questões sazonais e climáticas.