Reitoria não apresenta solução e estudantes mantêm ocupação na UFGD

Terminou sem acordo a reunião entre a reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) com a comissão de 10 estudantes representantes do movimento que desde ontem ocupa a unidade 1, na Rua João Rosa Góes. Representaram a universidade o vice-reitor pró tempore Arquimedes Gasparotto Júnior e o chefe de Gabinete Fábio Negrão.

Arquimedes está substituindo o reitor temporário Lino Sanabria, que está em período de férias. Segundo nota divulgada pelos estudantes, a reitoria teve postura evasiva quanto às reivindicações do movimento, não apresentando nenhuma alternativa a curto prazo, tendo em vista que a próxima etapa presencial do curso de Licenciatura em Educação do Campo é em agosto e não existe nenhuma previsão de recurso para suprir as necessidades de alojamento, transporte e alimentação dos acadêmicos.

O vice-reitor teria declarado aos estudantes que apenas o professor Lino Sanabria pode dar encaminhamentos às pautas e apontou então que fosse marcada nova reunião com o movimento após seu período de férias.

Também foi discutido que será necessário um estudo técnico sobre as condições de financiamento para os cursos da Faind (Faculdade Intercultural Indígena), mas os gestores não se comprometeram e não deram garantia de encaminhamentos para as solicitações.

A posição da Universidade preocupa a comunidade acadêmica. São pelo menos 400 estudantes matriculados nos cursos de Licenciatura em Educação no Campo e Licenciatura Teko Arandu que residem em diversas cidades do Estado e vêm a Dourados quatro vezes ao ano para as aulas por períodos de duas semanas. As outras atividades são realizadas nas suas comunidades de origem. A maioria desses estudantes vive em contexto rural ou em comunidades indígenas.

Ainda ontem (9), o movimento se reuniu em assembleia e decidiu que diante da demonstração de omissão e descaso da gestão da universidade, vai manter a ocupação da reitoria até obter resposta que de fato atenda às reivindicações. O movimento segue aberto para negociações. Assim, a Unidade 1 da UFGD segue ocupada, porém o acesso ao público está liberado pelo portão principal.