A Justiça de Mato Grosso do Sul rejeitou o pedido de liberdade do presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de MS), Francisco Cezário de Oliveira, 77, preso desde o dia 21, dez dias atrás. A decisão foi tomada pelo juiz de primeira instância na última quarta-feira (29), mas só foi divulgada nesta sexta-feira (31).
Cezário foi preso no âmbito da Cartão Vermelho, operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que o aponta como chefe de um esquema que teria desviado ao menos R$ 6 milhões da entidade esportiva. No dia da operação, os investigadores apreenderam R$ 800 mil em dinheiro vivo.
Advogado de Cezário, André Borges, disse que assim que o presidente da federação conquistar a liberdade deve prestar esclarecimentos e nega envolvimento dele em desvios. A quantia apreendida seria parte de economias de Cezário.
Além de Cezário foram detidas outras seis pessoas, entre as quais parentes dele envolvidas na suposta trama.
Cezário foi afastado por três meses por determinação do comando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Assumiu na condição de interventor, Estevão Petrallas, ex-presidente do Operário Futebol Clube e vice-presidente da FFMS.
Antes da decisão da CBF, Cezário, por meio do advogado que o defende havia pedido afastamento do cargo por tempo indeterminado.
Sustentam as investigações contra Cezário quebras de sigilo telefônicos e bancários. Integrantes da FFMS foram, inclusive, fotografados indo até a agência bancária, sacando dinheiro e retornando à sede da entidade, onde um grupo ligado à entidade os aguardava. Sugere as investigações que o dinheiro era ali repartido.