Após a morte da irmã, Maria Roza de Oliveira, aos 81 anos nesta quarta-feira (81), o presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, passou mal no Presídio Militar e foi transferido para o Hospital da Cassems, em Campo Grande. Ele foi preso na Operação Cartão Vermelho, que apura suposto desvio de R$ 6 milhões.
O advogado de defesa, André Borges, confirmou que o “imperador do futebol” sofreu princípio de infarto. Conforme o boletim médico, ele será submetido a um cateterismo na manhã desta quinta-feira.
Cezário teve dois pedidos de habeas corpus negado pela Justiça. O primeiro foi negado pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande. Conforme despacho do magistrado, a medida cautelar de encarceramento do decano do futebol é necessária para garantir a ordem pública e a instrução penal.
O segundo foi negado pela desembargadora Elizabete Anache, relatora da Operação Cartão Vermelho no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ela negou o pedido de liminar. Agora, a 1ª Câmara Criminal irá analisar o mérito do pedido. A turma é a mais garantida da corte e sempre tem concedido os pedidos de habeas corpus dos envolvidos em escândalos de corrupção.
A irmã de Cezário, Maria estava acamada desde que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e teve o quadro de saúde agravado com a prisão do irmão. Ela estava internada no Hospital El Kadri quando faleceu ontem.
O imperador do futebol é acusado de desviar dinheiro da FFMS repassado pela Fundesporte (Fundação de Desporto de Mato Grosso do Sul) e pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ao longo de 20 meses de investigação, o Gaeco conseguiu provar transferência de dinheiro para a conta de Cezário e dos sobrinhos.
Ele não é o primeiro a ter infarto no presídio. O vereador Valter Brito da Silva (PSDB), de Amambai, obteve habeas corpus concedido pelo TJMS após sofrer um princípio de infarto na cadeia e ser transferido para o Hospital da Cassems. Réu na Operação Laços Ocultos pelo desvio milionário na prefeitura de Amambai, o tucano cumpre prisão domiciliar em seu sítio na sua cidade.