Ataque a indígenas neste sábado (3) deixou ao menos oito feridos no entorno do Território Panambi Lagoa Rica, em Douradina. Conforme informações do Ministério dos Povos Indígenas, as primeiras informações sobre o conflito chegaram às 15h. Cinco indígenas ficaram em estado grave com ferimentos e foram encaminhados ao Hospital da Vida, em Dourados.
As informações foram repassadas pela coordenadora-geral de Formação na Mediação e Conciliação em Conflitos Indígenas, Daniela Alarcon. "Eu comecei a receber as informações por volta das 16h (de Brasília). Nós temos uma servidora do Ministério na área neste momento e ela está acompanhando a ambulância do Corpo de Bombeiros que faz a remoção dos feridos mais graves".
Dos cinco feridos encaminhados ao hospital, três estão na ala vermelha. Entre as vítimas, são dois adolescentes e uma idosa. Além disso, o Ministério dos Povos Indígenas contabilizou mais três pessoas feridas de forma mais leve. "São ao menos oito, porque muitas pessoas correm. São ferimentos no tórax, pescoço, costas e membros inferiores".
Ela explica que foi bem chocante a situação e mostra uma escala na violência na região. Mais cedo, equipes do Ministério Público Federal, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Força Nacional foram ao local. Porém, conforme Daniela, isso não inibiu os disparos. "Poderiam ser disparos de fazendeiros, agentes de segurança privada, não consigo precisar". Ainda não há confirmação se os ferimentos foram causados por arma de fogo.
Daniela Alarcon destacou que a região já é demarcada como terra indígena e que processos judiciais arrastam o conflito. Ela finalizou informando que o Ministério dos Povos Indígenas tem uma equipe de plantão em Dourados para acompanhar a situação. Além disso, a situação é acompanhada com muito cuidado em Brasília (DF).
De fato, a área Panambi Lagoa Rica, de 12,1 mil hectares, foi identificada pela Funai em 2011, mas até agora não houve demarcação.
Porta-voz dos sitiantes disse ao Campo Grande News que estão vivendo um pesadelo e alegam que os indígenas tentaram invadir uma casa. "Tinha idosos e mulheres, eles atacaram sitiantes”.
Na sexta-feira (2), os indígenas que ocupam a terra receberam uma intimação para sair de uma determinada área. A reintegração de posse é referente ao Sítio “José Dias Lima”, de 147,7 hectares, localizado na MS-470, rodovia que liga Douradina ao município de Itaporã.
Na quinta-feira (1), outro indígena foi ferido por tiro de raspão no tornozelo direito e levado apra UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Dourados. A vítima foi liberada após receber atendimento.
Segundo a comunidade indígena, o tiro teria sido disparado por dois seguranças contratados pelos produtores rurais que, armados, teriam “invadido” os acampamentos “Kurupa’yty” e “Pikyxyin”. Os dois seguranças – um homem e uma mulher – foram ouvidos na Delegacia da Polícia Federal em Dourados e depois liberados.
tereza
ue . tem que defender mesmo seus bens.
tem que defender sues bens mesmo.
o que que indio tem que invadir terra documentada e produtiva.
Marcelo Brandão ferreira
E só não invadir as terras dos outros
Alberto Barreto de Andrade
Curioso, indígena, com tatuagem "vida loka"...