"Não tenho ódio. Tenho orgulho do que vivi, lutei e aprendi."
“Em 16.01.2009, fui vítima de um atentado cruel, que tinha como objetivo me prender e me assassinar civil e moralmente.
Com um número fraudado de inquérito policial (que nunca existiu), se fabricou em minutos, na última meia hora do ano forense, um mandado de prisão sem qualquer Juiz assiná-lo, em seguida escondido por semanas e cumprido em 16.01.2009.
Em paralelo, se utilizou o site da própria Polícia de Mato Grosso do Sul para se divulgar uma nota assinada por um assessor de imprensa privado, com um falso e obsceno dossiê, que foi difundido por dezenas de jornais em todo o Brasil.
No dia seguinte, meu pai veio me visitar e perguntou o que eu queria. Não pedi sequer um colchão. Pedi um Vade Mecum.
Ele me trouxe um Vade Mecum Saraiva 2008 de capa amarela e um Código de Processo Civil Interpretado do Professor Marcato, 2008, que guardo (ambos) até hoje na minha estante.
Nos quinze dias que fiquei aguardando o Juízo decidir sobre minha soltura, li cada página dos dois livros e desse momento em diante, quem utilizou a distorção do sistema legal e do direito para me assassinar, aprendeu o que é um super vírus.
Fui solto e absolvido sumariamente pelo primeiro Juiz que analisou a armação, muito mais grave que as prisões durante a ditadura, pois foi forjada em pleno Estado Democrático de Direito, com aval de todos os poderes de Mato Grosso do Sul.
Em dez anos, são mais de cem sentenças condenando um por um dos conspiradores, com execuções definitivas de mais de R$ 250 milhões, que fizeram os condenados se reunirem em uma associação de condenados, se auto intitulando vítimas das consequências judiciais do super vírus que eles cultivaram.
Sentenças essas construídas em um cenário hostil ao meio de círculos viciosos de acusações, fake news, dossiês e ataques.
Não tenho ódio. Tenho orgulho do que vivi, lutei e aprendi.
A vida está somente começando e o diamante é um carvão que sobreviveu à pressão e não devemos ter medo dos confrontos... até os planetas se chocam ... e do caos nascem as estrelas.
Devo tudo ao estudo, ao trabalho, à família e a certeza que enquanto existirem magistrados vocacionados, que entendem que ‘as magistraturas são testemunhos de virtudes, depósitos que a pátria confia a um cidadão, que só deve viver, agir e pensar por ela’3, se erguerá da Justiça a clava forte, para que um filho teu não fuja à luta e um engenheiro enfrente as maiores e mais politizadas bancas de advocacia brasileiras.”