O El Niño, fenômeno climático periódico no Oceano Pacífico Equatorial, tem despertado atenção devido ao seu impacto nas condições climáticas globais. Descoberto por pescadores na costa oeste da América do Sul, próximo ao litoral do Peru, ele é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do oceano, ocorrendo em intervalos irregulares de cinco a sete anos, com duração média entre um a um ano e meio, geralmente iniciando nos últimos meses do ano.
Embora seja um fenômeno natural, o El Niño pode desencadear consequências graves para o meio ambiente e as comunidades humanas. Especialistas alertam que, somado às mudanças climáticas globais, o aquecimento global tende a intensificar eventos climáticos extremos, como tempestades, ondas de calor, secas prolongadas e inundações.
O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) destaca a urgência de adaptação das zonas costeiras para enfrentar esses desafios. Cidades costeiras são particularmente vulneráveis e representam o campo de batalha onde a guerra contra as mudanças climáticas será decidida, segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial, ressaltou em relatório a necessidade de investimento significativo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, alertando para a urgência de ações concretas.
No Brasil, já se observam efeitos climáticos mais intensos, com tempestades extremas causando destruição e deslocamento de comunidades. O climatologista Francisco Eliseu Aquino destaca que a mudança climática intensifica eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e secas prolongadas.
Diante desse cenário, a proteção das zonas costeiras torna-se essencial para prevenir danos à infraestrutura e às comunidades locais, bem como para preservar os recursos naturais e mitigar os impactos das mudanças climáticas.