Estudo da OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online do país, e do AllowMe, plataforma de proteção de identidades digitais desenvolvida pela Tempest, fez análise dos principais golpes aplicados no comércio eletrônico no 1º semestre de 2021 e o comportamento dos fraudadores ao aplicar os golpes.
Em Mato Grosso do Sul, o golpe do falso pagamento é o que tem maior representatividade, responsável por 39% dos casos, seguido por falsa venda (29%) e roubo de dados (25%). Ao analisar todo o país, o falso pagamento representa 42%, falsa venda 25%, e roubo de dados, 23%.
Liderando o ranking dos golpes mais aplicados no Estado com 39%, falso pagamento tem nos eletrônicos os produtos mais visados, representando 78% dos casos. Celulares e telefonia aparecem em primeiro lugar na lista, com 72%, seguido pela categoria de áudio, TV, vídeo e fotografia (18%), facilidade no transporte, valor e facilidade de repassar esses produtos são os principais pontos que os colocam no topo do ranking.
"Mesmo com um maior investimento por parte das empresas nas soluções de segurança e a tecnologia como uma aliada nos modelos de prevenção de fraudes, os fraudadores atuam principalmente na falta de conhecimento dos usuários sobre os processos de compra e venda eletrônica para aplicar a engenharia social e enganá-los. Por isso, a educação digital é fundamental para que as pessoas possam identificar comportamentos suspeitos e se protejam das investidas dos golpistas", explica Beatriz Soares, diretora de Produto e Operações da OLX.
O golpe do falso pagamento é atualização do antigo golpe do envelope vazio, quando o fraudador apresentava comprovante de depósito no caixa eletrônico, mas não colocava o dinheiro no envelope e o valor não era computado pelo banco.
Com a predominação das transações bancárias digitais, hoje o fraudador faz falso comprovante de depósito com os dados da vítima e o envia por e-mail ou aplicativo de mensagem, fazendo a pessoa acreditar que o valor já foi depositado e entregue o produto da venda. Quando a vítima percebe o golpe, o fraudador já está com o produto e deixa de responder as mensagens.
Ao contrário da imagem clássica que se tem dos golpistas, eles não agem sozinhos e nem de maneira desorganizada. Os golpes são praticados por associações criminosas que se articulam em rede, criam inúmeras contas falsas (utilizando dados válidos de pessoas) e tentam atrair o maior número de vítimas - seja com anúncios, seja com abordagens para comprar itens anunciados por clientes legítimos.
Muito se imagina que as atividades cibernéticas criminosas estejam relacionadas a fatores como "navegador Tor" (famoso por ser utilizado para acessos à deep web) ou e-mails descartáveis, mas os números mostram o contrário. A cada 10 mil contas falsas criadas, apenas uma é feita a partir do Tor (0,01%) e 14 utilizam caixas de e-mail temporárias (0,14%).
A proporção de uso em relação a e-mails válidos e que caíram em vazamentos recentes de dados é muito maior: em uma amostragem de mais de 10 mil contas falsas, 173 foram abertas fazendo uso de e-mails comprometidos.
Quando observado os horários com maior atividade criminosa na internet, o senso-comum de "hackers atacando na calada da noite" também cai por terra. Três em cada quatro atividades criminosas ocorrem entre meio-dia e meia-noite, enquanto a madrugada corresponde a somente 18% das tentativas de golpe.
Como se prevenir
Para usufruir de todos os benefícios de uma maior digitalização das tarefas cotidianas é importante que os usuários tenham cada vez mais conhecimento de como funciona o universo digital para que não caiam em fraudes.
O falso pagamento ocorre principalmente na transação de venda de um item, por isso, manter as conversas nos chats das plataformas de compra e venda, não passar dados pessoais - como email, celular e conta bancária -, e só entregar o item após a confirmação do depósito são essenciais para não cair nesse tipo de golpe.
Daiani Mind
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