Alvos da Operação Inescrupulosos, deflagrada hoje (27) pela Polícia Federal em Deodápolis, dois hakers com idades na casa dos 20 anos, fraudaram o auxílio emergencial e torraram o dinheiro em compras online, de narguilé a bebidas.
Os dois amigos também pagavam a internet dos vizinhos, para utilizar o wi-fi de outras pessoas e dificultar o rastreamento do IP dos computadores usados no golpe.
Eles criavam contas fraudulentamente em nome de terceiros no aplicativo “Caixa TEM” e depois pagavam boletos cujos valores iam parar em outras contas bancárias.
Segundo a PF, em apenas uma semana de 2020 os dois moradores de Deodápolis receberam 19 benefícios ilegais. A Polícia Federal ainda não sabe o valor total da fraude, mas acredita que as provas vão surgir agora com os documentos, computadores e celulares apreendidos nas buscas de hoje.
Apesar de a operação desta quarta ser independente de outras investigações em andamento, a PF suspeita que os dois hakers façam parte de quadrilha nacional. Só em 2020, 1,3 milhão de benefícios foram pagos ilegalmente no País.
O nome da operação faz alusão ao modo de atuação dos investigados que, mesmo diante da pandemia, fraudaram o auxílio emergencial sem se importar com a vulnerabilidade dos que realmente precisavam da ajuda.