O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou procedimento administrativo para proteger o consumidor contra o risco de ingestão de bebidas adulteradas com metanol.
A atuação ocorre em meio a um cenário nacional preocupante, com registro de pelo menos cinco mortes e internações graves por intoxicação por metanol em estados como São Paulo e Pernambuco. A substância, altamente tóxica, pode causar cegueira irreversível e morte, mesmo em pequenas quantidades.
Como parte da investigação, a 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande encaminhou ofícios à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária no Estado, à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), à Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), ao Procon de Campo Grande, à Secretaria Estadual de Saúde, à Secretaria Municipal de Campo Grande, à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e à Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas).
Os ofícios solicitam informações sobre fiscalização, compartilhamento de dados e atuação conjunta, com prazo de dez dias para resposta. Existe a previsão de reunir representantes das entidades associativas para debater o problema e buscar soluções preventivas.
Até o momento, não há fornecedor específico identificado como responsável pela comercialização irregular de metanol, o que reforça a necessidade de apuração técnica e integrada entre os órgãos competentes.
O MPMS alerta a população sobre os riscos da ingestão de bebidas contaminadas com metanol. Fique atento aos seguintes pontos:
Dor de cabeça intensa
Náuseas e vômitos
Visão turva (podendo evoluir para cegueira)
Antes de comprar bebidas alcoólicas:
Verifique o lacre e a vedação da garrafa
Leia o rótulo e o contrarrótulo: confira fabricante, endereço, registro e se as informações estão em português
Compare a aparência original da marca (tipografia e cores)
Desconfie de:
Rótulo rasurado ou amassado
Garrafa riscada
Embalagem de baixa qualidade
Se suspeitar de adulteração:
Não consuma o produto
Guarde a embalagem
Denuncie pelos canais da empresa ou diretamente ao MPMS
Ouvidoria MPMS: ouvidoria.mpms.mp.br | Telefone: 127. Ou procure a Promotoria de Justiça mais próxima.