Integrantes do Grupo Terrorista Paraguaio Agrupação Campesina Armada executaram jovem em território brasileiro
A Polícia Federal encaminhou ao Juízo da Comarca de Bela Vista (MS) o pedido de prisão preventiva de quatro cidadãos paraguaios integrantes do grupo terrorista ACA-EP (Agrupação Campesina Armada – Exército Popular).
O Inquérito tramita na delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã. A investigação está sendo conduzida em conjunto com o Departamento Antissequestro da Polícia Nacional do país vizinho e apura a execução de Jorge Manuel Ríos Barreto, 24, o Jorgito, cidadão paraguaio sequestrado pelos guerrilheiros e executado em território brasileiro, no dia 3 de julho deste ano.
O sequestro ocorreu no dia 28 de junho em Sargento José Félix López, cidade paraguaia conhecida como Puentesiño, Departamento de Concepción, a poucos quilômetros da linha internacional.
O grupo terrorista exigiu 200 mil dólares pela libertação do rapaz. No entanto, mesmo a família afirmando que pagaria o valor pedido, no dia 3 de julho ele executado com um tiro na cabeça. O corpo de Jorge foi encontrado por pescadores da região às margens do Rio Apa, no lado brasileiro. Naquele trecho da fronteira, o rio é na divisa do Brasil com o Paraguai.
A Polícia Federal não revelou os nomes dos terroristas dos quais pediu a prisão. Em setembro, Ministério Público do Paraguai denunciou os quatro principais chefes da ACA-EP pelo sequestro e morte de Jorge Barreto.
Feliciano Bernal Maíz, Hugo Vicente Bernal Maíz, Laubrindo Balbuena Mariz e Elizandro Balbuena Mariz, considerados os principais líderes do grupo terrorista, foram denunciados por terrorismo, associação terrorista, privação de liberdade, extorsão e extorsão agravada.