Conta de luz ficará 5,6% mais alta impactando indústria e prestação de serviços. Imagem (Dourados Informa)
Conta de luz passa a ficar mais cara a partir deste mês. Diante da possível crise hídrica que afeta as regiões Sudeste e Centro Oeste do país, a população deverá pagar taxas mais altas na consumação de energia elétrica. De acordo com anuncio feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a bandeira vermelha foi adotada, resultando em um reajuste de 5,6%.
Mais uma despesa em alta para o brasileiro. O valor da conta de luz terá reajuste neste mês de junho, já sendo aplicada a bandeira vermelha a partir desta terça-feira (01). Desse modo, a energia ficará com um custo de R$ 6,243 para cada 100 kWh consumidos.
O motivo do reajuste diz respeito ao período de estiagem vivenciado em algumas regiões do país. Com as hidroelétricas sem abastecimento, o governo federal já emitiu um estado de alerta, elaborando também estratégias para controlar a consumação em cada casa.
A primeira medida adotada foi de fato o encarecimento nas taxas, sob a expectativa de que a população reduza sua consumação. No entanto, especialistas afirmam que tal decisão terá um impacto social considerável, tendo em vista a população em situação de vulnerabilidade social.
“O encarecimento dos serviços pode ocorrer a partir desse momento, por exemplo, você vai num salão de beleza e está mais caro, ou ao longo do período. Mas o impacto nos serviços e na produção industrial talvez não volte, mesmo que a bandeira vermelha só dure por dois ou três meses. É aí que está o maior risco. Muitos serviços já estão com preços defasados, com efeitos da pandemia, mercado de trabalho e queda no consumo das famílias. Então. por estar mais vunerável pode promover um tipo de repasse que não volte à normalidade”, explica André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE.
Uma vez em que a bandeira vermelha foi adotada, será preciso que o povo adote estratégias para consumação em seus lares. A redução de aparelhos como chuveiro elétrico e ar condicionado tende a ser uma alternativa.
Além disso, economistas recomendam que os titulares das contas fiquem de olho em seus marcadores de consumo. Sendo possível reivindicar judicialmente caso seja identificada uma taxa abusiva.