A Polícia Federal fez, entre os dias 4 e 20 de junho, operações de repressão ao trabalho em condições análogas à escravidão, na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul. As ações contaram com o apoio de auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No período, foram fiscalizadas nove propriedades rurais, todas situadas em locais de difícil acesso. Duas das propriedades apresentaram inconformidades trabalhistas e administrativas. Em uma terceira, foram constatados sinais de alojamento irregular de trabalhadores. Em outra, houve o resgate de dez pessoas, que estavam sendo submetidas a condições degradantes de trabalho e moradia.
Na última propriedade, na região do Paiaguás, os trabalhadores estavam isolados em meio à mata e impossibilitados de deixar o local. Essa mesma propriedade havia sido alvo de denúncias.
Diante da situação, o empregador deve arcar com indenizações trabalhistas e por danos morais e está sujeito à responsabilização pelo crime de redução a condição análoga à escravidão.