Relatório ambiental apontou que suposto despejo de efluentes pode levar à morte de peixes
O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) converteu notícia de fato em inquérito civil, uma denúncia de poluição do Córrego Laranja Azeda pela empresa Seara Alimentos, em Dourados. O edital foi publicado na edição de segunda-feira (30), do DOMPMS (Diário Oficial do MPMS), já disponível para leitura.
A pedido da promotoria, o IMAM (Instituto de Meio Ambiente de Dourados) realizou vistoria no curso d’água e constatou que “suas águas apresentam coloração verde escura, odor desagradável e turbidez considerável”. Já o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), apontou excesso de fósforo e nitrogênio amonical, o que indica tendência de eutrofização, processo de poluição que pode levar à morte dos peixes.
“A análise laboratorial das águas evidenciou que principalmente os parâmetros DBO, DQO, nitrogênio amonical, cor aparente e sólidos dissolvidos totais estavam muito acima dos padrões estabelecidos pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente)”, escreveu o promotor Amílcar Araújo Carneiro Júnior.
Assim, o promotor deu dez dias para a Polícia Civil abrir inquérito e 45 dias para o Imasul enviar todos os relatórios técnicos sobre a poluição e a documentação ambiental da indústria alimentícia.
Em nota, a JBS, que controla a Seara, informou que ainda não foi intimada e que prestará as informações solicitadas pelo órgão no momento oportuno.