Ordens judiciais foram cumpridas também em Campo Grande e Ponta Porã
Nesta quarta-feira (26/11), a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação "Balcãs" para desarticular organização criminosa responsável pelo tráfico internacional de drogas, que inclui o envio de cocaína para a Europa. Em nota, a polícia informou que foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Brasil e também na Holanda e no Paraguai.
Em Mato Grosso do Sul, as ordens judiciais foram cumpridas nas seguintes cidades: Campo Grande (um mandado de busca e apreensão), Dourados (cinco de busca e apreensão e um de prisão preventiva) e Ponta Porã (seis de busca e apreensão). Fora do estado, foram nos municípios de Porto Velho (um de prisão preventiva).
Já em Amsterdam (HL) os policiais deram cumprimento a um mandado de busca e apreensão, assim como na cidade paraguaia de Yby Yau, além de um de prisão.
Durante a deflagração, ocorrida simultaneamente nos três países, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, além de efetuadas três prisões preventivas. Foram sequestrados ainda, em território nacional e paraguaio, 27 veículos e 43 imóveis, avaliados em aproximadamente R$ 300 milhões, de propriedade dos investigados e de empresas envolvidas nos crimes, além de determinado o bloqueio judicial de valores e ativos em instituições financeiras.
As investigações, realizadas em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) Nacional, representam a terceira fase da operação "Hinterland", deflagrada em 2023, e teve como enfoque os compradores das drogas remetidas pela organização criminosa por intermédio de portos brasileiros, em especial decorrentes do aprofundamento dos fatos relacionados à apreensão de três toneladas de cocaína realizada na cidade de Pelotas, a maior da história do Rio Grande do Sul.
Nesta nova fase, foi identificado que o comprador da droga era um integrante de uma das máfias mais atuantes na região dos Balcãs, além de ter sido constatado que os investigados atuaram no envio de, aproximadamente, 12 toneladas de droga à Europa.
Constatou-se que o traficante europeu possuía relação permanente com célula do grupo criminoso estabelecida no Paraguai, que detinha controle de todo o fluxo logístico, desde a aquisição do entorpecente produzido em países andinos até a efetiva destinação em portos situados nos países europeus em que Organização possuía capacidade de ação.