Segundo detalhes da audiência de custódia, Igor Ilson Alonso e Matheus Pereira da Silva deviam dinheiro para a vítima; eles vão continuar presos
Igor Ilson Alonso, 29, e Matheus Pereira da Silva, 27, acusados de tentar matar Wesley Barros Nascimento, 36, após briga em uma boate na Avenida Weimar Gonçalves Torres, na madrugada de domingo (13), vão continuar presos.
Durante audiência de custódia, na tarde desta segunda-feira (14), o juiz da Vara de Garantias da Comarca de Dourados, juiz Ricardo da Mata Reis, homologou o flagrante e decretou a prisão preventiva da dupla.
Outros detalhes da briga que levou à tentativa de homicídio e da prisão dos dois foram relevados na audiência. O magistrado citou em sua decisão que Igor e Matheus tinham dívida financeira com Wesley Barros Nascimento, que teria emprestado dinheiro a juros aos dois.
Para decretar a prisão preventiva, Ricardo da Mata Reis citou ainda que os dois foram localizados por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) em um churrasco na Vila São Brás, na tarde do mesmo dia do crime.
Testemunhas relataram que Igor fez ameaças de morte e atirou quando Wesley foi atraído até o carro de Matheus, um Toyota Corolla. Após os disparos, Igor fugiu de moto e Matheus no veículo, apreendido pela polícia. Para o juiz, o fato de terem deixado o local em veículos distintos reforça que a conduta foi “coordenada e preordenada”.
“Ambos os autuados foram localizados juntos, poucas horas após o crime, em clima de aparente tranquilidade, participando de um churrasco, o que reforça o vínculo pessoal e a possível comunhão de desígnios entre eles”, descreve o juiz.
A prisão preventiva foi decretada com base na gravidade do caso e no risco de novos crimes. “[...] A dinâmica dos fatos sugere periculosidade acentuada dos agentes e desprezo pela integridade da vida alheia”, citou o magistrado. Ainda conforme o processo, os dois já tinham sido proibidos de frequentar a boate por causa de episódios anteriores de violência.
Igor já tinha sido preso três vezes por furto e Matheus cinco vezes, por porte de arma. “A presença de condições pessoais favoráveis, como primariedade, domicílio certo e emprego lícito, não impede a decretação da prisão cautelar quando devidamente fundamentada”, citou o juiz. A arma do crime, um revólver calibre 38, foi apreendida. Wesley segue internado. Ele levou um tiro no braço e outro na boca.