A Polícia Federal deflagrou hoje (3), em conjunto com o Gaeco/MPF, a Operação Valeta, terceira fase da Operação Kryptos, com objetivo de desarticular organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.
Em Mato Grosso do Sul, uma advogada de Campo Grande foi alvo dos mandados. Ela é apontada como responsável por duas empresas da Capital que intermediavam a movimentação financeira entre a principal empresa investigada e empresas estabelecidas no exterior.
Pelo menos 20 policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e a cinco mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e decorreram de esforço conjunto entre a Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Conforme a PF, a conduta da advogada de MS possibilitou a continuidade das atividades ilícitas desenvolvidas pela referida empresa, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação. Também foi constatado que essa atividade de intermediação das movimentações financeiras ilícitas se intensificou após a deflagração da operação, em agosto de 2021.
Esse braço da organização criminosa também foi o responsável pela criação de uma corretora de criptoativos, concebida possivelmente com o intuito de obstar a ação de bloqueio e posterior confisco dos valores movimentados pelo esquema criminoso, por parte dos órgãos da persecução penal.
Os investigados poderão responder por emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão.