O advogado carioca Lucas Gonzalez Faccio, 33, preso pela Polícia Militar na madrugada de hoje (4) em Dourados com quatro pistolas 9 milímetros e 10 carregadores, deve deixar a cadeia nesta sexta-feira (5).
Durante audiência de custódia nesta tarde, o juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal, concedeu liberdade provisória ao advogado mediante pagamento de fiança de R$ 20 mil. O valor ainda não foi recolhido, mas deve ser depositado amanhã.
O motorista de carro de aplicativo Lucas Alves Senna de Aquino, 28, também vai ficar em liberdade. A fiança dele é de R$ 2 mil, também ainda recolhida. Lucas Aquino conduzia o Renault Logan preto em que o advogado viajava como passageiro. As armas estavam escondidas na caixa de som do carro. Os dois moram no Rio de Janeiro.
O advogado afirmou ter comprado cada pistola por R$ 6 mil em Ponta Porã e disse que as armas seriam para uso pessoal. As armas estavam com a numeração suprimida. Na Polícia Civil, Lucas Faccio afirmou ser CAC (caçador, atirador e colecionador) e que teria comprado as pistolas com dinheiro vivo acreditando serem registradas, em uma loja de Ponta Porã.
Ele disse que o vendedor se comprometeu a mandar a documentação depois, por e-mail, e alegou não ter visto a numeração raspada. Mesmo sendo CAC, o advogado foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de uso restrito (numeração suprimida). As pistolas não eram registradas, estavam com a numeração raspada e não havia “guia de tráfego”, como determina o decreto federal 11.366, de 1º de janeiro de 2023.
O Ministério Público emitiu favorável à prisão preventiva dos dois, mas o juiz decidiu conceder a liberdade provisória mediante fiança e outras medidas cautelares. O advogado e o motorista terão de apresentar comprovação de endereço em cinco dias, se apresentarem em todas as fases do processo e estão proibidos de se aproximarem da zona fronteiriça do Brasil com o Paraguai ou com qualquer outro país.
*Matéria alterada às 21h30 para correção de informações.