Alvo de operação do Dracco (Departamento de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado) nesta terça-feira (25) acusado de venda ilegal de armamento de uso restrito, o empresário douradense Claudinei Tolentino Marques, 41, divulgou nota oficial sobre o caso.
Ele negou qualquer irregularidade na comercialização de fuzis, disse que a documentação dos compradores é aprovada pela Polícia Federal e pelo Exército, disse que não é mais sócio da empresa Federal Armas desde o início deste ano e afirmou que teve seu fuzil, “devidamente regularizado” apreendido.
Consulta ao site “Casa dos Dados” mostra que a loja Federal Armas tem atualmente como sócia administradora a ex-mulher de Claudinei. A investigação da Polícia compreende o período de setembro de 2022 até agora.
Leia a nota na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
CLAUDINEI TOLENTINO MARQUES
Na data de hoje, houve o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de Claudinei e na empresa Federal Armas, da qual fora sócio até o início deste ano, em medida totalmente desnecessária e desproporcional, uma vez que nunca fora chamado para prestar qualquer esclarecimento perante a autoridade policial estadual.
Cumpre esclarecer que na residência foi apreendido somente um fuzil adquirido em agosto do ano de 2022, devidamente documentado, sendo inteiramente desconhecido o motivo de tal apreensão.
Esclarece, também, que é empresário no ramo da construção civil há mais de 17 anos e que nunca teve ou praticou enquanto esteve a frente da empresa FEDERAL ARMAS, qualquer irregularidade, eis que tal atividade é totalmente controlada e fiscalizada, pelo Exército e Polícia Federal, não havendo notícia, tampouco acusação de que tenha sido comercializada, enquanto esteve no comando de referida empresa, qualquer arma sem autorização de tais órgãos.
Reitera que sempre se colocou à disposição das autoridades competentes para prestar esclarecimentos, não justificando ser submetido à busca e apreensão em sua residência, no recanto de sua família, para apreender somente uma arma legal e documentada.
Lamenta que o nome pessoal tenha sido vazado para a imprensa, não obstante o segredo de justiça do processo, com danos irreversíveis a imagem e honra pessoal e de sua família, sendo que, quanto a pessoas inidôneas que tenham adquiridos armas, consigna que não possuí relacionamento pessoal com tais pessoas suspeitas.
Neste ponto, a regularidade da documentação de quem pretende adquirir a arma, é submetida à fiscalização rigorosa da Polícia Federal e do Exército, sendo atribuição da empresa apenas desencadear a aquisição e venda.
Por fim, tem a consignar que não houve qualquer medida judicial em relação às empresas das quais CLAUDINEI integra, eis somente houve diligência na empresa FEDERAL ARMAS, a qual não faz parte mais do grupo empresarial respectivo, e, atualmente, não pratica qualquer ato de gerenciamento, administração da mencionada empresa.
Dourados, MS, 25 de julho de 2023.
JAIL BENITEZ DE AZAMBUJA
OAB/MS 13.994
SERGIO HENRIQUE RESENDE LANZONE
OAB/MS 15.660