O público de Amambai presente durante uma apresentação de circo ficou revoltada com o conteúdo apresentado durante a noite deste domingo (12).
Conforma publicado pelo site Campo Grande News, em vídeo postado nas redes sociais de moradores, o público se revolta conforme um dos artistas vai ficando pelado. Com maquiagem parecida como as usadas por palhaços, a princípio o homem surge nas imagens de calças e camiseta, mas vai se despindo até se transformar em cupido de cueca, com coração em frente às partes íntimas.
Apesar da página que divulga o "Show do Cupido" no Instagram indicar espetáculo para maiores de 16 anos, os moradores garantem que todo o material espalhado pela cidade, inclusive, em escolas, não alertava para essa censura.
Em nota a Prefeitura de Amambai, onde ocorreu o evento, se defende sobre o apoio que deu à apresentação. “É comum a administração pública incentivar manifestações de artistas que nos procuram e oferecem como contrapartida, benefícios para a nossa população, que no caso da companhia circense em questão seria retorno financeiro a uma entidade do município, qualificação de profissionais locais, com uma oficina de circo e ingressos gratuitos para crianças carentes”, argumentou a administração.
Crime Ambiental
Depois da revolta geral na cidade, policiais ambientais foram ao local das apresentações e tiveram mais uma surpresa. Constataram a presença de duas serpentes usadas nos shows: uma jiboia com aproximadamente 1,2 metro de comprimento e uma Phyton, considerada exótica, de 1 metro de comprimento.
A Lei Estadual 3.642/2009 proíbe o uso de qualquer tipo de animal como atrativo e dispõe que “fica proibida, em todo o território do Estado de Mato Grosso do Sul, a apresentação de espetáculo circense ou similar que tenha como atrativo a exibição de animais de qualquer espécie”, além de citar que “consideram-se animais os seres irracionais, quadrúpedes ou bípedes, domésticos ou selvagens, nativos ou exóticos”.
O dono do circo foi multado em R$ 47.380,00 e afirmou que não sabia da proibição. Os animais foram apreendidos e encaminhados ao Cras (Centro de Animais Silvestres), em Campo Grande. Ele responderá por crime ambiental de introduzir espécime no País sem autorização, por causa da serpente exótica, com pena de três meses a um ano e por manter animais silvestres ilegalmente em cativeiro, pela jiboia, com pena prevista de seis meses a um ano de detenção. Nenhuma das serpentes tinha documentação legalizada.