Polícia suspeita que piloto e passageiros tenham sido resgatados do Seneca que não tinha permissão para voar
Avião bimotor Seneca fez pouso forçado ontem (8) no município de Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai. A aeronave, que não tinha autorização para voar devido a série de irregularidades, foi incendiada após o pouso forçado numa lavoura de soja, a poucos metros do território paraguaio.
Os destroços foram encontrados ainda ontem. Hoje de manhã, equipes do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil, chegaram ao local e assumiram as investigações.
A região onde o avião pousou faz parte da rota da droga que sai do Paraguai com destino aos grandes centros brasileiros.
Depois de acompanhar a perícia no avião, a delegada Ana Cláudia Medina, chefe do Dracco, disse que possivelmente após pane em um dos motores o Seneca foi preparado pelo piloto para o pouso de emergência, já que estava com o trem de pouso recolhido e o flap acionado.
A posição em que o avião estava no solo indica que o voo estava sendo feito no sentido Brasil-Paraguai. “Não há indícios de vítimas e os danos [à aeronave] não leva à constatação de vítima, pelo contrário, os indícios são de desembarque dos ocupantes”.
Ana Cláudia Medina disse que os indícios também são de que o incêndio tenha sido provocado e não começado por conta do pouso forçado. Os destroços serão levados para o pátio do Dracco, em Campo Grande.