Investigações identificam novos membros da organização criminosa
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) divulgou, nesta segunda-feira (1º), o balanço da quarta fase da Operação Successione, deflagrada no dia 25 de novembro. A ação teve como finalidade o cumprimento de 20 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
Entre os presos estavam o ex-deputado Roberto Razuk, de 84 anos, que obteve direito à prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, e dois filhos dele – Jorge Razuk Neto e Rafael Godoy Razuk. Os dois e outros 15 alvos continuam presos. Três ainda não foram encontrados.
A operação resultou na apreensão de R$ 274,9 mil em espécie, 1,06 mil em euros e diversas folhas de cheque, evidenciando o expressivo poderio financeiro da organização criminosa. Também foram recolhidas duas armas de fogo, munições, dezenas de máquinas do jogo do bicho, além de documentos, anotações, notebooks e celulares utilizados nas atividades ilícitas.
Foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva — sendo 17 efetivados até o momento — e 27 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã, além de alvos nos estados do Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
As fases anteriores da Operação Successione evidenciaram a existência de uma organização criminosa armada e violenta, dedicada à exploração de jogos ilegais, à prática de corrupção ae a outros delitos correlatos. O grupo também foi responsabilizado por roubos mediante emprego de arma de fogo, na disputa pelo monopólio do jogo do bicho em Campo Grande, após o vácuo deixado pela Operação Omertà.
Com o avanço das investigações, foram identificados outros 20 integrantes da organização criminosa, incluindo novos líderes, que atuavam para consolidar o domínio do grupo sobre o jogo ilegal em Mato Grosso do Sul, onde já exercem influência em diversos municípios.
A operação contou com apoio operacional dos Gaecos de Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, além do Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Corregedoria e Força Tática da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.