O brasileiro Alexandro Pereira Valdez, 24, o “Bichão”, está sendo procurado pela Polícia Nacional por suspeita de participação no sequestro e assassinato do paraguaio Lucas Nery Pavon Benitez, 21. Lucas foi sequestrado na noite de sexta-feira (17) no bairro Defensores del Chaco, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã.
Com as mãos e os pés amarrados, o rapaz foi encontrado morto na manhã de sábado, na margem da BR-463, entre Ponta Porã e o distrito de Sanga Puitã. Lucas era filho de um ex-policial do Paraguai.
Ao lado do corpo, policiais brasileiros encontraram um cartaz com a frase “não roubar caminhonete na fronteira”, recado costumeiramente deixado ao lado de vítimas do grupo de extermínio autodenominado “Justiceiros da Fronteira”.
Em abril do ano passado, Alexandro e seus dois irmãos Douglas Pereira Valdez e Márcio Pereira Valdez foram acusados de assaltar um policial militar em Ponta Porã.
Alexandro e Marcio foram presos dias após o crime. “Bichão” foi capturado em Pedro Juan Caballero junto com um comparsa paraguaio e entregue à polícia brasileira. Douglas foi capturado em novembro, também no lado paraguaio da fronteira. Meses depois, Alexandro conseguiu liberdade.
Na noite de sexta-feira, Lucas pediu que um primo o acompanhasse até uma casa abandonada no bairro Defensores del Chaco. Quando chegaram ao local, os dois foram recebidos por homem conhecido como "Viajão".
Lucas entrou na casa, enquanto o primo aguardou na frente. Em seguida, a testemunha ouviu gritos de socorro do interior do imóvel. Por medo, entrou no carro e correu até a casa do pai de Lucas, o ex-policial. Equipe da Polícia Nacional foi até o endereço, mas não encontrou ninguém.
Na manhã de sábado, Lucas foi encontrado morto. A polícia paraguaia não revelou detalhes dos motivos que colocaram Alexandro como suspeito de participação no crime.
Crédito: Campo Grande News