O chefe de gabinete do deputado Neno Razuk (PL), Marco Aurélio Horta, o Marquinhos, de 44 anos, é investigado por corrupção passiva e ativa, além de fazer parte de organização criminosa. Os dados constam no termo de captura, lavrado pela PM (Polícia Militar), que deu apoio ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) durante o cumprimento de mandados para a 4ª fase da Operação Successione.
Marco Aurélio foi preso preventivamente (por tempo indeterminado), nesta terça-feira (25). Ele foi pego em sua casa no Bairro Chácara Cachoeira, na Capital, endereço que também foi vasculhado por força de mandado de busca e apreensão. O servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul estava afastado do trabalho, cumprindo licença médica após ser submetido a uma cirurgia.
Conforme descrito pelos policiais que registraram o cumprimento dos mandados, o chefe de gabinete parlamentar não resistiu às ordens judiciais e foi levado sem algemas para o Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), no Bairro Tiradentes. No momento da captura, preferiu não comunicar a família e acionou apenas um advogado.
Não há mais detalhes sobre a atuação de Marquinhos no esquema investigado pelo Gaeco. Mas as fases anteriores da Operação Successione já haviam identificado uma organização criminosa armada e violenta, envolvida em jogos ilegais, corrupção e roubos, em meio à disputa pelo monopólio do jogo do bicho em Campo Grande após o vácuo deixado pela Operação Omertà.
Outros 19 mandados de prisão foram cumpridos ontem. Entre os presos estão o ex-deputado Roberto Razuk, que hoje recebeu tornozeleira eletrônica e vai ficar em prisão domiciliar, e dois filhos dele, Jorge Razuk Neto e Rafael Godoy Razuk.