O narcotraficante sul-mato-grossense Cleber Riveros Segovia, 31, o “Dogão”, foi alvejado por pelo menos cem tiros de pistola e submetralhadora. Ele teve a cabeça destroçada pelos disparos e será preciso exame de DNA para confirmar sua identidade.
Em guerra com outros chefes do crime organizado na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, “Dogão” foi executado na madrugada desta sexta-feira (28) em Sertaneja, na região norte do Paraná.
Ele tinha se mudado há 15 dias com a mulher e os filhos para uma mansão em condomínio fechado na Represa Capivara, em Sertaneja, cidade localizada na região metropolitana de Londrina (PR) e a 700 km de Ponta Porã.
Segundo a polícia paranaense, um avião pousou na pista particular do condomínio levando o traficante e seus familiares até o local onde ele foi morto hoje. A casa era alugada.
O plano de execução de Cleber Riveros Segovia mobilizou pelo menos 15 pistoleiros, segundo as primeiras pistas coletadas no condomínio. Eles chegaram até o condomínio de barco e invadiram a casa de madrugada.
Cleber, a mulher e os filhos estavam dormindo. Não havia nenhum segurança dele no local. A esposa e os filhos de “Dogão” foram levados para outro quarto e o narcotraficante executado no corredor. O corpo tinha dezenas de marcas de tiro e a cabeça ficou completamente esfacelada.
Peritos da Polícia Civil recolheram pelo menos 100 cartuchos deflagrados de calibres 40 e 9 milímetros. Os policiais suspeitam que os pistoleiros tenham usado uma submetralhadora ou pistola com carregador estendido e dispositivo para tiros de rajada.
Desfigurado
Ao portal Ricmais, de Londrina, o perito da Polícia Civil José Denilson informou que mulher apresentou documento com nome de Cleber Riveros Segovia, mas não foi possível comparar a foto com o rosto, pois a cabeça ficou totalmente destruída pelos tiros. “A confirmação da identidade será feita por DNA”, afirmou o policial.
Os policiais encontraram pegadas na margem do rio, mas não há imagens dos pistoleiros. A câmera da área de lazer foi virada para outro lado e as outras estão em pane há dois dias.
Fontes policiais afirmam que há meses “Dogão” estava em guerra com outros bandidos sanguinários da fronteira, entre eles Marcio Sánchez, o “Aguacate”, ex-segurança de Jorge Rafaat Toumani e chefe do mais poderoso grupo de pistoleiros em atividade no Paraguai.
Ainda não está claro se “Dogão” estava ligado atualmente a uma das facções criminosas presentes na linha internacional. Até 2019, ele trabalhava para o narcotraficante brasileiro Levi Adriani Felício, então chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Pedro Juan Caballero.
Preso pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) na fronteira com Mato Grosso do Sul, Levi foi entregue à Polícia Federal brasileira. Depois disso, “Dogão” se aliou a outros grupos criminosos e atualmente tentava assumir o controle do tráfico de drogas e de armas na linha internacional.
Crédito: Campo Grande News