Jovem planejou e executou a vítima com golpes de faca no pescoço e depois incediou o corpo
O juiz Juiz Evandro Endo condenou nesta quarta-feira (8/10), em Itaporã, a 32 anos de cadeia, Letícia Vieira Pires, pelo assassinatao do oficial de Justiça aposentado Gesualdo Xavier, de 67, o "Xaxá", ocorrido em 22 de julho de 2024, na BR-163, entre Dourados e Douradina.
Gesualdo foi morto com facadas no pescoço dentro do carro, depois a autora o arrastou até a vegetação e ateou fogo ao corpo, encontrado somente no dia 23 daquele mês.
À época do crime, a PC (Polícia Civil) informou que Letícia planejou o crime e o praticou para ficar com R$ 84 mil da venda de uma caminhonete S10 pertencente à vítima.
Dona de uma conveniência na Avenida Hayel Bon Faker, área central de Dourados, Letícia também teria negociado a venda de um apartamento inexistente para o oficial de Justiça aposentado. Pressionada para entregar o imóvel ou devolver o dinheiro, a jovem planejou o homicídio.
A comerciante confessou o assassinato ao SIG (Setor de Investigações Gerais), no momento em que foi detida, mas depois se manteve em silêncio.
Investigadores da Polícia Civil descobriram que Gesualdo mantinha contato com Letícia, e com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), os policiais descobriam que o carro dele, um Ford Ka preto, havia saído de Dourados na parte da manhã, e retornado à noite, por acesso alternativo.
A polícia foi atrás de Letícia, que seria a última pessoa a estar com o aposentado antes do desaparecimento e na casa dela os agentes encontraram roupas sujas de sangue, alguns pertences do aposentado, entre os quais o celular e uma corrente de ouro, também foram apreendidos no local e na conveniência.
Letícia também chegou a negar o crime, mas apresentou várias contradições até confessar que havia assassinado Gesualdo Xavier. A comerciante vendeu a caminhonete S10 do aposentado em uma garagem de Dourados e recebeu o pagamento em sua conta através de PIX. Supostamente, o dinheiro seria parte do apartamento que ela estaria negociando com ele. Entretanto, o imóvel não existe.
Pressionada por Gesualdo a devolver o dinheiro, Letícia decidiu matá-lo. Para colocar o plano em prática, convidou o aposentado a ir com ela até Campo Grande, para supostamente resolver a pendência do apartamento. No caminho, o matou a golpes de faca e tentou queimar o corpo, para eliminar vestígios.
O Ford Ka foi abandonado por ela no cruzamento das ruas João Vicente Ferreira e Toshinobu Katayama, na área central. O carro estava com manchas de sangue dos ferimentos causados pelos golpes de faca.