Por determinação da Justiça, o comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Paulo Gimenez, determinou a exclusão dos quadros da corporação do 2º sargento Ricardo Campos Figueiredo, condenado três vezes. A decisão deve suspender o pagamento da aposentadoria de R$ 7.759 ao ex-motorista do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Figueiredo foi preso desde 16 maio de 2017 na Operação Oiketicus, deflagrada pelo Gaeco para combater a Máfia do Cigarro. Na ocasião, ele era lotado na Governadoria e atuava na segurança do governador.
Ricardo Campos Figueiredo foi condenado a 16 anos e seis meses pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A turma reduziu a penalidade, já que o juiz Alexandre Antunes da Silva a havia fixado em 18 anos, 10 meses e 11 dias.
A outra condenação foi a três anos e seis meses por obstrução de investigação de organização criminosa. Em maior de 2017, ao receber a visita do Gaeco, o militar quebrou os dois telefones celulares para evitar que fossem periciados pelos promotores.
Apesar da ficha corrida, Figueiredo acabou sendo aposentado com salário proporcional em março de 2020. De acordo com o Portal da Transparência, ele tinha vencimento mensal de R$ 7.759,92.
De acordo com Gimenez, a exclusão da PM foi determinada pela Justiça. O processo de 2018 tramita em sigilo, conforme o site do Tribunal de Justiça.
Atualmente, o ex-policial militar está preso na Capital. Conforme despacho do juiz Alexandre Antunes da Silva, publicado no dia 24 do mês passado, ele começou a cumprir a pena no semiaberto a que foi condenado a três anos e seis meses de reclusão por obstrução de investigação de organização criminosa. Ele também já vinha cumprindo a sentença pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.