Cartaz deixado junto do corpo anuncia atuação de outro grupo de extermínio na linha internacional
Homem ainda não identificado foi torturado e assassinado por decapitação na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. O corpo embalado com edredom e fita adesiva foi encontrado no final da tarde desta segunda-feira (27) ao lado de área militar em Pedro Juan Caballero.
Junto do corpo foi encontrado cartaz assinado por supostos rivais do grupo de extermínio autodenominado “Justiceiros da Fronteira”.
“Nós do crime estamos deixando claro que não iremos mais admitir covardias cometidas por esses justiceiros, seja quem for", dizia a frase escrita na cartolina laranja.
A reação de grupos rivais aos “justiceiros” tinha sido anunciada no início de agosto deste ano, mas nunca foi levada muito a sério até essa execução.
Segundo o médico legista da Polícia Nacional, o homem teve a barriga aberta por profundo corte e teve parte das vísceras introduzida na boca. Depois teve a cabeça decapitada.
Entre a noite de sábado (25) e a tarde de ontem, quatro pessoas foram executadas na linha internacional que separa Pedro Juan Caballero e Ponta Porã.
No sábado, o brasileiro Rogerio Laurete Buosi, 26, natural de Rondonópolis (MT), foi executado a tiros de pistola na casa onde vivia, no Bairro Defensores Del Chaco, no lado paraguaio.
Ao lado do corpo foi encontrado papel com a frase “não roubar na fronteira”, assinado pelo grupo “Justiceiros da Fronteira”.
A segunda execução ocorreu por volta de meio-dia de ontem, em Pedro Juan. Jorge Ortega García, 27, foi morto com tiros de fuzil por três matadores. Logo em seguida, no centro de Ponta Porã, o ex-vereador e empresário Joanir Subtil Viana, 53, foi morto a tiros quando circulava em sua caminhonete F1000 verde.