Ernandes Arévalo queria colocar fim ao relacionamento com Edivando Vilhalva; os três autores estão presos
Edivando Vilhalva, 38, espancado com golpes de pedaços de tijolo, telha e de azulejo, foi assassinado pelo namorado, Ernandes Arévalo, 41, que estava insatisfeito e queria colocar fim ao relacionamento. Para cometer o crime, Ernandes contou com a ajuda do irmão, Itamar Arévalo, 37, e do sobrinho, adolescente de 17 anos, filho de Itamar.
O crime ocorreu na madrugada de sábado (6) em um terreno baldio nos fundos do Parque Antenor Martins, na região oeste de Dourados. Tanto a vítima quanto os autores são de etnia indígena.
Em entrevista coletiva na manhã de hoje, o delegado Lucas Albe Veppo, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), disse que Ernandes queria terminar o namoro que tinha com a vítima, mas Edivando não aceitava.
Durante uma briga, ele teria iniciado as agressões. Com a ajuda do irmão e do sobrinho, espancou Edivando até a morte. Todos estariam embriagados.
O corpo foi encontrado na manhã de sábado, com o rosto desfigurado e os dentes quebrados pelas agressões. De imediato, investigadores do SIG iniciaram diligências e, com apoio da Força Tática da Polícia Militar, conseguiram localizar um casal que estava nas imediações no momento dos fatos.
Inicialmente eles foram ouvidos como testemunhas. Entretanto, outras informações indicavam que o homem, identificado como Itamar Arévalo, poderia ter sido um dos autores do crime.
Durante as buscas, a equipe localizou os outros dois suspeitos. Questionado sobre os fatos, o adolescente confessou que seu tio tinha relacionamento com a vítima, mas estava insatisfeito com a situação e queria terminar o namoro.
A discussão entre o casal começou na noite de sexta e se estendeu até a madrugada de sábado, culminando nas agressões que levaram ao assassinato de Edivando por espancamento. O trio confessou ter usado restos de construção encontrados no terreno baldio.
Os três foram autuados por homicídio qualificado por motivo fútil e seguem recolhidos na carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Hoje devem passar por audiência de custódia.
Posteriormente, o adolescente será levado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) e os dois adultos para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A mulher de Itamar foi ouvida apenas como testemunha e liberada, por não ter participação no crime.