A Polícia Federal e a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai concluíram nesta sexta-feira (1º) a 30ª fase da Operação Nova Aliança. O principal objetivo da ação era erradicar a produção de maconha no país vizinho. Em 10 dias de missão em campo, a atuação conjunta dos dois países conseguiu tirar de circulação 748 toneladas de maconha.
Foram erradicados 246 hectares de plantações de cannabis, produzidas em território paraguaio, principalmente na região de Amambay, norte do Paraguai. Além dos plantios ilegais, 10.283 quilos da droga já pronta para venda e 81 acampamentos, utilizados como apoio dos criminosos, também foram destruídos.
Helicópteros das duas forças policiais foram utilizados para facilitar o reconhecimento das áreas e o descolamento das tropas, que contaram com quase cem homens. Peritos da PF também fizeram parte da missão. O trabalho visa apurar a estimativa de produção ilegal da droga e as principais espécies utilizadas pelos criminosos.
Esta foi a segunda etapa da Operação Nova Aliança este ano. Na primeira, realizada no fim de fevereiro, mais de 850 toneladas de maconha foram erradicadas – totalizando 1.600 toneladas até agora. Para este ano ainda estão previstas mais quatro fases da ação entre Brasil e Paraguai.
No ano passado, a Operação Nova Aliança erradicou 5.401 toneladas de maconha – recorde em relação aos anos anteriores. Em 2020, 1.190 toneladas foram destruídas e em 2019, 3.430 toneladas.
A cooperação internacional com a Polícia Federal faz parte da estratégia do Paraguai no combate ao crime organizado para erradicar a produção de plantios de maconha. O intuito é atacar o plantio da droga antes que ela chegue ao mercado brasileiro. Isso porque, 90% das drogas plantadas no Paraguai são destinadas ao Brasil.