Investigações da Polícia Civil indicam que vítima de 7 anos estuprada no réveillon poderia ter morrido por causa de agressões do autor
Preso no sábado (25) acusado de estuprar e assassinar uma criança de 6 anos no município de Douradina um dia antes, Marcos Antônio Barrios, de 18 anos, também deve ser denunciado por tentativa de homicídio, cometida contra outra criança, de 7 anos, que ele violentou na mesma cidade durante o réveillon.
Em entrevista ao repórter Adilson Domingos, o "Lente Nervosa", do Dourados Informa, o delegado Mateus Rocha, adjunto da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento de Dourados), detalhou o andamento das investigações.
“Inicialmente nós realizamos a prisão dele em face do estupro e homicídio da criança de seis anos e em razão da similitude dos fatos houve essa hipótese de que ele poderia ser o provável autor do estupro ocorrido em Douradina no réveillon. Até porque, informações preliminares indicavam que o autor dos fatos teria as mesmas características físicas dele”, informou.
No interrogatório, num primeiro momento Marcos negou a autoria do primeiro crime, alegando que estaria no Paraná, contudo essa informação foi desmentida rapidamente por familiares segundo os quais ele estaria na cidade de Douradina na época dos fatos. “Diante dessa inverdade fizemos novas indagações e ele acabou confessando envolvimento nesse estupro e tentativa de homicídio”, pontuou o delegado.
Esse primeiro crime ocorreu no último dia de 2022, durante uma festa de réveillon em Douradina. Na época, os pais disseram à polícia que estavam todos juntos quando o pai se afastou para conversar com um conhecido e com a demora do retorno do homem a mãe saiu do carro e foi procurar o marido, deixando a criança sozinha no veículo. Quando ambos retornaram a menina havia desaparecido.
Buscas foram feitas para encontrar a garota que na manhã do dia primeiro de 2023 apareceu totalmente nua e bastante machucada no rosto e genitália, lesão geralmente de vítimas de estupro. A vítima ficou hospitalizada por 30 dias.
De acordo com o delegado Mateus Rocha, o autor revelou que essa criança tentou resistir, mas não teve os pedidos de socorro ouvidos por causa das festividades da data.
“Ele [Marcos] falou que estava em uma confraternização, fazendo uso de entorpecente e em determinado momento acabou se retirando e vindo a visualizar num local mais distante uma criança indígena. Acabou levando ela para um canavial. Após chegar nesse local mais distante, realizou o abuso e agressões. Deixou a criança desmaiada. Realmente, apesar da versão dele não ter nesse primeiro momento [a tentativa de homicídio], os atos trouxeram perigo de vida e com certeza vão ser assim caracterizados e compreendidos por parte da investigação”, explicou.