A quinta pessoa presa pelo assassinato da menina indígena de apenas 11 anos, estuprada e jogada de uma pedreira desativada de Dourados é o tio da vítima, que confessou na delegacia participação no crime e que cometia contra a criança o abuso sexual desde quando ela tinha 6 anos de idade.
Elinho Arévalo, de 34 anos, confessou que chegou ao local e também ajudou a estuprar a criança, junto com Leandro Pinosa, 20 anos e dois adolescente de 14 anos e um de 16 anos, porém o último acusado é investigado para averiguar se essa seria a sua idade verdadeira.
Durante entrevista coletiva no início da tarde desta terça-feira (10), o delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG), Erasmo Cubas, responsável pela elucidação do brutal crime, destacou que a menina enfrentou uma “noite de terror”. Segundo ele, dois adolescentes atraíram a menina até o local do crime, a obrigaram a consumir bebida alcoólica e depois começaram a estuprá-la.
Mesmo completamente embriagada, a menina tentou pedir ajuda diversas vezes, conforme relatado pelos assassinos. Quando a criança de apenas 11 anos, começou a voltar da embriaguez, um dos adolescentes sugeriu que jogassem ela do penhasco, sendo assim realizado pelos assassinos confessos.
O assassinato da criança após estupro coletivo –praticado constantemente na reserva de Dourados – é mais um crime bárbaro em que os envolvidos estavam completamente embriagados. O depoimento de um dos assassinos do crime, só foi possível depois de quase 24 horas do crime, pois estava em completa situação de embriaguez.
A menina morava na Bororó e foi vista consumindo bebida alcoólica com os adolescentes na tarde de domingo.
Preocupados com o sumiço da criança, familiares dela saíram à procura ontem de manhã e encontraram o corpo sobre as pedras da pedreira desativada.