O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica do empresário Fahd Jamil, o “Rei da Fronteira”, por 30 dias para a realização de exames e cirurgia em São Paulo. Ele é réu por corrupção e chefiar organização criminosa na Operação Omertà.
Fahd Jamil está em prisão domiciliar desde que convenceu a Justiça de que tem graves problemas de saúde e precisa de cuidados médicos especiais. Ele precisa de um cilindro de hidrogênio para respirar e tem sido atendido constantemente por médicos.
O magistrado tinha mantido o monitoramento eletrônico, que será suspenso a pedido da defesa. “Em razão dos motivos alegados e comprovados – pedido de internação para cirurgia e comprovante de agendamento de consulta às fls. 1299-1301 – e considerando que o requerente vem cumprindo adequadamente as medidas cautelares diversas da prisão (não havendo notícias de descumprimento até o presente momento) defiro que Fahd Jamil se ausente desta Comarca para tratamento médico na cidade de São Paulo-SP por até 30 (trinta) dias”, determinou o magistrado.
Roberto Ferreira Filho impôs uma condição. “Outrossim, determino que a cada 10 (dez) dias sejam enviados relatórios médicos sobre o andamento dos exames e cirurgia, bem como informando a previsão de finalização destes, sob pena de decretação da prisão”, alertou.
“Por fim, em razão da informação que haverá realização de exames os quais necessitam da retirada da tornozeleira eletrônica (fl. 1289), autorizo a medida, devendo a monitoração ser recolocada em seu retorno a Campo Grande”, concluiu.
Fahd é acusado junto com o filho, Flávio Corrêa Jamil Georges, de liderar um grupo de extermínio na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Ele se entregou após ficar quase um ano foragido da Operação Omertà, deflagrada pelo Gaeco e pelo Garras contra a organização criminosa suspeita de inúmeras execuções no Estado.
O filho do empresário está foragido. Ele foi preso e acabou liberado para cumprir prisão domiciliar no Centro da Capital.