Empresa de exportação de alimentos entrou no radar da polícia sul-mato-grossense por suspeita de ligação com o tráfico de drogas. Com sede no Paraguai, a empresa Cocal Exportações seria proprietária das três cargas de arroz em casca em que foram encontradas quase dez toneladas de maconha, nesta quarta-feira (12).
As três carretas carregadas com arroz a granel foram interceptadas pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) na rota entre Ponta Porã e Campo Grande. As cargas tinham como destino o interior de Minas Gerais.
O Campo Grande News apurou que a empresa foi criada para exportar alimentos do Paraguai para o mercado brasileiro, mas agora passa a ser investigada por suspeita de usar as cargas lícitas para esconder droga.
O Brasil é o maior consumidor da maconha produzida em território paraguaio e destino de boa parte da cocaína trazida da Bolívia, Colômbia e Peru por quadrilhas baseadas no Paraguai.
Das três cargas apreendidas ontem, a maior foi de 7,7 toneladas de maconha. A carreta conduzida pelo brasileiro Barerito da Silva, 30, morador em Villarrica, no Paraguai, foi interceptada na MS-162, entre Maracaju e Sidrolândia.
A segunda carreta, também carregada com arroz, levava 708 quilos de maconha em fundo falso. O motorista Celso Andrés Ferreira Florentin, 40, e o irmão dele, Nelson Elcirio Ferreira Florentin, 41, foram presos. A apreensão ocorreu também na MS-162, em Sidrolândia.
A terceira carreta, uma Scania azul, foi abordada pelo DOF com apoio da PMR (Polícia Militar Rodoviária) na Moreninha III, já em Campo Grande. No fundo falso estavam 830 quilos. O veículo tinha na direção o paraguaio Felipe Centurión González, 32, procurado pela Justiça de seu país.
Felipe disse que disse que saiu com a carga de arroz do Paraguai com destino a Minas Gerais. As 31 toneladas de arroz foram descarregadas em uma cerealista em Itaporã.
Assim como na primeira apreensão, as duas ocorrências foram registradas na Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), em Dourados.