Família inteira é espancada em aldeia de Dourados

Confronto entre dois grupos rivais deixou pelo menos cinco pessoas com ferimentos graves na noite desta quarta-feira (7) na Aldeia Jaguapiru, em Dourados. Os agressores ameaçaram invadir o Hospital da Missão Evangélica Caiuá, onde uma das vítimas estava sendo atendida. A médica plantonista denuncia falta de segurança para trabalhar.

Por volta de 0h40 de hoje, o Corpo de Bombeiros foi chamado para atender a primeira vítima do espancamento, homem com ferimentos na cabeça que estava perto do Hospital da Missão.

A Polícia Militar também foi acionada. No local, os policiais encontraram Jairo Ribeiro com lesão profunda na testa, corte na mão direita e escoriações no punho esquerdo.

Ele relatou aos policiais que quatro integrantes de outra família indígena, com ajuda de outros dois homens, invadiram sua casa com armas fogo, facas, foices e machados e agrediram todos os moradores. Além disso, destruíram móveis, utensílios, motos e atearam fogo na sala.

A médica de plantão no Hospital da Missão disse aos policiais que não tinha segurança para prestar atendimento ao ferido, pois minutos antes havia atendido outra vítima do espancamento e os agressores teriam ameaçado invadir o hospital para impedir o socorro. A médica disse ainda que iria registrar boletim de ocorrência denunciando falta de segurança para o trabalho dela e de sua equipe.

Os policiais da Força Tática foram então até a casa na Aldeia Jaguapiru, onde encontraram as outras vítimas do espancamento. Uma mulher estava com o braço esquerdo quebrado, outra com ferimentos e sangramento também no membro superior esquerdo, um homem tinha ferimentos na cabeça e uma terceira mulher possuía hematomas pelo corpo.

A PM fez buscas nos arredores, mas não encontrou os agressores. Todos os feridos foram levados para o Hospital da Vida. No hospital, a polícia descobriu que Jairo Ribeiro era procurado pela Justiça. Após ser atendido, ele foi levado para a delegacia. O crime pelo qual ele é procurado não foi informado.

Na tarde de hoje, um dos suspeitos das agressões, de 29 anos, foi detido pela PM e levado para a delegacia para prestar depoimento. A polícia ainda não informou se ele vai ficar preso ou se será liberado.

(Matéria alterada às 17h06 para acréscimo de informações)