O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) de Mato Grosso do Sul deflagraram na manhã desta quinta-feira (26), a Operação Forasteiros, para cumprir sete mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Aquidauana e também em São Paulo, Pompeia, Marília (em São Paulo) e Araguaína (TO).
A investigação durou 9 meses e revelou atuação de organização criminosa autointitulada “MTS”, cujas lideranças são originárias de São Paulo, mas que se instalaram em Campo Grande para explorar o “jogo do bicho” e as chamadas máquinas caça-níqueis, praticando ainda outros crimes correlatos.
O grupo, que já explorava a atividade ilícita em outras localidades do país, passou a atuar na Capital a partir de meados de 2021, aproveitando o vácuo de poder ocasionado pela queda de outra organização criminosa que explorava a modalidade há décadas e foi debelada pela Operação Omertà.
A apuração ainda estima que a organização criminosa tenha estabelecido mais de mil bancas de apostas e arrecadado mais de R$ 5 milhões por mês durante todo o período que opera na Capital sul-mato-grossense.
Equipes do Gaeco do Ministério Público de São Paulo e das Polícias Civil e Militar de SP, além do Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, prestaram apoio operacional.
O nome da operação faz alusão ao fato de a organização criminosa ser liderada por indivíduos naturais de São Paulo que migraram para Mato Grosso do Sul para exercer o monopólio dos jogos de azar em Campo Grande, o que já faziam em suas localidades de origem.