Policiais corruptos, que tiravam vantagem indevida, crime de peculato, tráfico de drogas entre outros delitos correlatos no âmbito das Delegacias de Polícia Civil de Ponta Porã levou o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta segunda-feira (25) a Operação “Codicia”.
As investigações começaram em maio de 2021 e duraram em torno de dez meses, identificando que policiais corruptos formavam uma associação criminosa que se utilizava das Delegacias de Polícia Civil de Ponta Porã para obter vantagens patrimoniais indevidas, especialmente relacionadas à gestão de veículos apreendidos, retirada de drogas apreendidas do depósito da Delegacia de Polícia.
Foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, um mandado de medidas cautelares alternativas à prisão e dezesseis mandados de busca e apreensão.
A Corregedoria da Polícia Civil deu apoio ao cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão dos policiais civis. Também prestaram apoio operacional ao Gaeco equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Ponta Porã e vizinha Pedro Juan Caballero, separadas apenas por uma avenida, formam a principal base do crime organizado na fronteira de 1.200 quilômetros entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul. As duas cidades lideram os índices de execuções na linha internacional, centenas delas nunca esclarecidas.
Facções criminosas brasileiras mantêm forte estrutura nessa região, de onde enviam drogas e armas para os grandes centros brasileiros.