Uma moradora do Bairro São João, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, procurou a PC (Polícia Civil) nesta segunda-feira (19/5), após cair em um golpe sofisticado que lhe causou um prejuízo superior a R$ 3 mil. A vítima relatou ter recebido mensagens via WhatsApp de golpistas que se passaram por uma assessoria jurídica e até mesmo por um suposto representante do Poder Judiciário.
Segundo o boletim de ocorrência, os estelionatários usaram o nome de uma advogada para convencer a vítima de que um processo judicial envolvendo a AAPPS (Associação dos Aposentados da Polícia de Segurança) havia sido concluído, com valores já liberados para pagamento.
Durante a conversa, os criminosos enviaram documentos aparentemente oficiais e solicitaram os dados bancários da vítima. Pouco tempo depois, uma nova mensagem foi enviada, desta vez de um número que se identificava como pertencente ao Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. O interlocutor questionou se a vítima possuía limite disponível em sua conta e em cartões de crédito das suas agências bancárias.
Sem perceber que se tratava de um golpe, a vítima realizou uma série de transferências. O primeiro valor, de R$ 1.670,00, foi enviado via TED para uma conta em nome de Amanda. Em seguida, mais R$ 510,00 foram transferidos para Nilson. As movimentações continuaram com dois pagamentos via Pix para o mesmo destinatário, identificado como Ygor, totalizando mais R$ 995,00.
A vítima só desconfiou da fraude após notar a demora dos golpistas em encerrar a ligação. Ao entrar em contato com sua verdadeira advogada, teve a confirmação de que jamais houvera qualquer tipo de comunicação prévia sobre o caso. Imediatamente, procurou a delegacia para registrar a ocorrência e manifestou interesse em representar criminalmente contra os responsáveis.
A Polícia Civil investiga o caso como estelionato.