Após constatação de que o veículo não pertence à instituição e uma sequência de versões conflitantes, homem foi levado à delegacia
Equipe da Guarda Municipal de Dourados flagrou na tarde de segunda-feira (10) um ônibus falso do Hospital do Amor. Após constatação de que o veículo não pertence à instituição e uma sequência de versões conflitantes, um homem foi levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Polícia Civil e denunciado por estelionato.
O Volvo placas BXG-0D95 de Guarulhos-SP estava estacionado no pátio do Ginásio Municipal de Esportes “Deputado Ulysses Guimarães”, na Rua Monte Alegre, adesivado com as logomarcas do Hospital de Amor, da Cooperativa Sicredi, do Governo de Mato do Sul e do Grupo Social Esperança é Vida.
Contatada pela guarnição, a advogada do Hospital do Amor informou desconhecer os proprietários do ônibus e garantiu não haver autorização para uso do nome da instituição.
Pelo sistema Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), a Guarda Municipal conseguiu identificar a antiga proprietária do veículo, mas ela disse já tê-lo vendido e afirmou que iria contactar os responsáveis para comparecerem ao local com a documentação necessária.
Ainda durante a ocorrência, o inspetor Cabral recebeu ligação do guarda municipal e vereador Olavo Sul, que por sua vez relatou ter sido comunicado por um funcionário da prefeitura de que o ônibus pertence ao Hospital de Amor de Campo Grande e que os responsáveis iriam ao Ginásio prestar os devidos esclarecimentos.
Por essa razão, o inspetor Cabral solicitou ao parlamentar que pedisse a quem ligou para se apresentar no local da ocorrência, o que não ocorreu.
Posteriormente, chegou ao local Marcos Vinicius Ferreira de Souza, que disse ter sido contratado via telefone por um homem identificado como Sérgio para dirigir o ônibus, mas sem as chaves.
Somente depois compareceu com as chaves de ignição do veículo Paulo Barros, que relatou tê-las recebido na própria casa durante a manhã. Porém, alegou desconhecer quem fez a entrega, acrescentando que este o orientou a leva-las ao motorista no pátio do Ginásio.
Paulo Barros argumentou ser gerente comercial de uma rádio comunitária e estar em conversa com responsáveis do Projeto Esperança é Vida, donos do ônibus, para divulgação, mas não apresentou nenhum contrato ou documento sobre essa suposta parceria. Ele também disse desconhecer a empresa que realizou a adesivagem do ônibus.
Acionado, o Canil da PM (Polícia Militar) fez revistas no ônibus e nada foi encontrado. O veículo permaneceu estacionado no mesmo local e Paulo Barros encaminhado à Depac, denunciado por estelionato pela advogada do Hospital do Amor de Dourados.