Dois corpos carbonizados foram levados para o IML de Ponta Porã e ainda não estão identificados
O Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, assumiu a investigação da queda do helicóptero Robinson R66, identificado como sendo de prefixo PR ITT, que caiu na manhã de ontem (20) em uma fazenda em Ponta Porã.
A aeronave de fabricação norte-americana levava grande quantidade de cocaína. Os tabletes não destruídos pelo fogo causado na queda e que ficaram espalhados em volta dos destroços pesaram 246 quilos. Duas pessoas morreram carbonizadas.
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, diretora do Dracco, os levantamentos iniciais foram feitos durante todo o dia por equipe do departamento, com apoio da 1ª DP de Ponta Porã e do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Fátima do Sul.
Os destroços da aeronave foram removidos do local. Os corpos foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) de Ponta Porã. Exames periciais e papiloscópicos foram requisitados para confirmação da identificação.
No fim da tarde de ontem surgiram suspeitas de que o helicóptero tivesse sido alvejado a tiros ao voar baixo para evitar o radar da Aeronáutica, ativado em Ponta Porã pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 30 de junho deste ano.
Entretanto, a delegada Medina descartou tiros e disse que a aeronave caiu porque ficou desorientada ao voar muito baixo.